Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
PERCEPÇÃO DAS PESSOAS QUE VIVEM COM HIV SOBRE OS SERVIÇOS DE ATENDIMENTO ESPECIALIZADO EM HIV/AIDS
Relatoria:
CINTHIA PEREIRA SILVA
Autores:
- Denize Cristina de Oliveira
- Sérgio Corrêa Marques
- Virginia Xavier Pereira da Silva
- Renata Lacerda Marques Stefaisk
- Rômulo Frutuoso Antunes
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: O principal fator relacionado ao aumento da expectativa de vida das pessoas que vivem com HIV/Aids (PVHA) foi a implementação da política de acesso universal ao tratamento antirretroviral (TARV), modificando o curso da doença, de não tratável à crônica. Este estudo faz parte do projeto “Qualidade de vida e suas construções simbólicas entre pessoas que vivem com HIV/AIDS no estado do Rio de Janeiro”. Objetivos: Identificar a percepção das PVHA sobre os serviços de atendimento especializado em HIV/Aids. Metodologia: Estudo descritivo com abordagem qualitativa. Participaram 34 PVHA com idade superior a 18 anos, assistidas em três Serviços de Atendimento Especializado em HIV/Aids (SAE’s), no município do Rio de Janeiro. Os dados foram obtidos através de um questionário de dados socioeconômicos e clínicos e um roteiro de entrevista semiestruturada. Os dados dos questionários foram analisados com o auxílio dos softwares EXCEL e SPSS 20.0. O conteúdo discursivo foi analisado pela técnica de análise de conteúdo lexical, com o auxílio do software ALCESTE 4.10. Resultados: No grupo estudado houve predomínio do sexo masculino (82,4%), com idade média de 29 a 39 anos (38,2%), em uso de TARV (91,2%), com tempo de diagnóstico superior a 18 anos (32,4%). A análise lexical gerou a construção de cinco classes. Para esta analise explorou-se a classe 1, composta por 466 Unidades de Contexto Elementar (UCE), correspondendo a 23% do total de UCE do corpus. A classe abrange aspectos da percepção das PVHA acerca do funcionamento/atendimento nos SAE’s. Os SAE’s foram considerados bons ou ótimos, apresentando como aspectos positivos o atendimento prestado pelos profissionais, a facilidade para marcação de consultas, a disponibilidade de medicação e exames. Entre as dificuldades apontadas estão a falta de comunicação entre os serviços públicos, problemas estruturais, dificuldades para a realização dos exames e a demora nos resultados. Alguns participantes apontam a necessidade de um maior quantitativo de profissionais para a prestação de um atendimento multiprofissional. Conclusão: Os SAE’s são avaliados de forma positiva pelos participantes, não havendo relatos de falta da TARV ou de dificuldade no acompanhamento. Destaca-se a importância da atuação de uma equipe multiprofissional identificada pelos sujeitos devido ao impacto multidimensional do HIV/Aids na qualidade de vida das PVHA.