Introdução: A Medicina Tradicional e Complementar é amplamente utilizada em todo o mundo e, para milhões de pessoas, os tratamentos e práticas tradicionais representam a principal fonte de cuidados de saúde e às vezes, a única. No Brasil a atenção primária se apresenta como estratégia prioritária para a implementação e organização das Práticas Integrativas e Complementares considerando o sujeito em sua singularidade, complexidade, integralidade e inserção sociocultural. Objetivos: Sintetizar a produção do conhecimento relacionada ao uso de práticas integrativas pelos enfermeiros no âmbito da atenção primária a saúde entre os anos de 2012 a 2016. Metodologia: Estudo do tipo revisão integrativa fundamentado em seis etapas. Para a estruturação da pergunta de pesquisa: Qual produção científica acerca do uso de práticas integrativas pelos enfermeiros no âmbito da atenção primária a saúde no período de 2012 a 2016?, adotou-se a estratégia PICo, onde P é a população a ser estudada (Enfermeiro), I é o interesse da pesquisa (Práticas Integrativas e Complementares) e Co é o contexto em que se insere a pesquisa (Atenção Básica). Para a busca dos artigos bases de dados foram utilizados a combinação dos descritores e palavras-chave nas bases LILACS, MEDLINE, CINAHL, seguidos dos operadores booleanos OR e AND somados aos critérios de inclusão: abordar a prescrição de práticas integrativas e complementares pelos enfermeiros na atenção primária à saúde, publicados integralmente nos idiomas inglês, espanhol e português, no período de 2012 a 2016. O recorte temporal justifica-se pela necessidade de reunir as mais atuais publicações acerca da temática. Resultados: Após análise crítica, elencou-se cinco artigos que resultaram em duas categorias: Conhecimento e aplicabilidades das práticas integrativas e complementares pelos enfermeiros da Atenção Primária à saúde e Dificuldades encontradas para a utilização das práticas integrativas e complementares no serviço de saúde. Conclusão: Existem ainda dificuldades na aplicação e implementação das práticas integrativas e complementares no âmbito da atenção primária à saúde, necessitando maiores investimento na estrutura física do serviço de saúde, maior disponibilidade de insumos, incentivar os estudantes nas universidades a se aproximarem do tema, e investimentos em capacitação profissional. Existe também a necessidade de inserção da população nas discussões referentes ao uso dessas práticas.