Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
PANORAMA DA SÍFILIS CONGÊNITA EM UMA MATERNIDADE DE ENSINO
Relatoria:
ROSALETE LANDIM DE CASTRO COUTINHO
Autores:
- ADRIANA ROCHA DE ARAÚJO BARROS
- MARIA CLAUDETE COSTA
- kELINE SORAYA SANTANA NOBRE
- EDILBERTO IRINEU DE ARAÚJO FILHO
- KARLA MARIA CARNEIRO ROLIM
Modalidade:
Pôster
Área:
Políticas Sociais, Educação e Gestão
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: Em muitos países as Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) trazem vastas consequências de natureza social e econômica. A sífilis se destaca entre elas. Objetivo: Estabelecer o perfil das mulheres portadoras de sífilis na gestação. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, retrospectivo de caráter quantitativo, realizado em uma maternidade de ensino na cidade de Fortaleza, Ceará, Brasil. A população foi constituída por mulheres no momento do parto ou curetagem que foram admitidas no período de 2015 a 2016. A amostra foi de 403 mulheres notificadas e acompanhadas pelo Núcleo Hospitalar de Epidemiologia (NHE) e as informações foram coletadas das fichas de notificação para sífilis congênita do Sistema de Informação de agravo de Notificação (SINAN), no período de março a abril de 2017. O estudo respeitou os preceitos éticos de acordo com a Resolução 466/12 que rege pesquisa com seres humanos. Resultados: A maior parte das mulheres 205 (50,9%) tinham entre 20 a 29 anos, demostrando serem adultas jovens. Quanto à escolaridade 193 (47,9%) delas possuíam de 5 a 9 anos de estudo. Em relação a assistência à saúde da gestante 339 (84%) realizaram pré-natal e a maior parte dessas mulheres 227(56,3%), receberam o diagnóstico da sífilis materna ainda durante as consultas, o que facilitaria a condução do tratamento adequado. Em 315 (78%) das mulheres o tratamento foi inadequado, os principais motivos foram a falta de registro do tratamento no cartão de pré-natal, a prescrição não padronizada pelo Ministério da Saúde, o tratamento incompleto, entre outros. Em 364 (90,3%) dos casos, o tratamento do parceiro não foi realizado e em 389 (96,5%) das mulheres foi realizado o teste treponêmico no parto/curetagem o que facilitaria o diagnóstico nos VDRL com baixa titulação. Conclusão: Acreditamos que a redução dos casos de sífilis congênita está intrinsecamente ligada a qualidade do pré-natal ofertado e pela capacitação e envolvimento dos profissionais quanto as políticas de saúde no combate a sífilis.