Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE PERINATAL
Relatoria:
ELIANE RODRIGUES DE MATTOS
Autores:
- Andressa Camile Borges Blasczak
- Lediana Dalla Costa
- Géssica Tuani Teixeira
- Alessandro Rodrigues Perondi
- Anne Caroline Mendes de Souza
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Cuidado, Tecnologia e Inovação
Tipo:
Monografia
Resumo:
Introdução: A mortalidade perinatal constitui-se em um importante indicador de saúde. Ela é usada para análise da assistência obstétrica e neonatal, porém considera óbitos que ocorrem a partir da 22ª semana de gestação até o 7° dia de nascimento do recém-nascido, incluindo assim, os natimortos e as crianças nascidas vivas, mas que foram a óbito durante a primeira semana de vida. No Brasil, de acordo com Ministério da Saúde (2012), a mortalidade infantil reduziu em 61,7% entre os anos de 1990 e 2010. Essa redução, no entanto, refere-se apenas aos óbitos pós-neonatais, os quais ocorrem após 26 dias de vida, sendo que as taxas de óbitos perinatais continuam crescendo e apresentando baixa resolutividade. Para se obter uma melhora nos indicadores perinatais é preciso desenvolver ações nos serviços de saúde de forma contínua durante a gestação, parto e pós-parto, sendo essencial o cuidado qualificado, principalmente no parto e nascimento, para identificar complicações e intervir através de condutas adequadas, além de oferecer assistência necessária ao recém-nascido. Objetivo: identificar o perfil da mortalidade perinatal em uma Regional de Saúde no Sudoeste do Paraná, na cidade de Francisco Beltrão. Metodologia: Trata- se de pesquisa de campo, de caráter exploratório, quantitativo, retrospectivo e documental realizado na 8ª Regional de Saúde do Sudoeste do Paraná, localizada no município de Francisco Beltrão – PR. As fontes de informação foram os bancos de dados do Sistema de Informação sobre Mortalidade – SIM e do Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos – SINASC, sendo analisados 277 registros. Resultados: O estudo avaliou 277 óbitos entre 2011 e 2015. Verificou-se 52,0% fetais e 48,0% neonatais precoces; 56,7% sexo masculino; 60,6% das mães tinham entre 20 e 34 anos; 58,8% possuíam oito e mais anos de estudo, 70,5% as gestações duraram menos que 37 semanas; 87,7% gravidez única; 54,9% realizaram cesárea e 70,8% pesaram menos de 2,5 kg. Entre óbitos neonatais precoces 54,8% ocorreram nos primeiros sete dias de vida; 89,4% da raça branca; 50,4% índice de Apgar menor que sete, 32,3% das mães solteiras, 53,4% realizaram seis e mais consultas pré-natais. Quanto às causas de óbito, 15,2% foi de morte fetal não especificada. Conclusão: Este estudo evidenciou informações sobre o perfil epidemiológico da mortalidade perinatal permitindo, aos profissionais envolvidos, maior conhecimento sobre o assunto, além de proporcionar maior planejamento de ações de saúde.