Introdução: Embora tenha havido inúmeros avanços na saúde e da significativa redução da taxa de mortalidade infantil no contexto internacional, verifica-se que ainda ocorre elevado número de óbitos em crianças menores de cinco anos, o que indica um grave problema de saúde pública. Tem se observado que estes óbitos ocorrem, em parte, por causas evitáveis, que poderiam ser controlados a partir da assistência e atenção adequadas à mulher durante a gestação, além do diagnóstico e tratamento precoce de infecções identificadas no pré-natal, parto e nascimento. Objetivo: analisar a mortalidade infantil segundo causas evitáveis em Teresina-PI entre os anos de 2008 e 2014. Métodos: Trata-se de um estudo transversal retrospectivo, de abordagem quantitativa, realizado com dados secundários sobre a mortalidade infantil no período de 2008 a 2014, em Teresina-PI. A população do estudo foi constituída por dados secundários disponíveis no site do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde. Realizou-se a análise estatística descritiva, com distribuição de frequência absoluta e relativa. Resultados: A Taxa de Mortalidade Infantil teve um declínio de 18,5 para 15,5/1.000 NV, entre os anos de 2008 e 2014, o que representa um decréscimo de 16,2%. A maioria dos óbitos infantis registrados em Teresina-PI foi classificada como evitável. Identificou-se que tais óbitos poderiam ser evitados se fossem realizadas ações de saúde mais efetivas durante a atenção à mulher na gestação (56,8%), à mulher no parto (16,8%) e a assistência ao recém-nascido (13,4%). Conclusão: A taxa de mortalidade infantil ainda encontra-se elevada, principalmente no que tange às mortes por causas evitáveis, apesar da redução observada no período estudado. Tal fato sinaliza a necessidade de melhoria na qualidade da assistência à saúde materno-infantil. Referência: NASCIMENTO, S.G. et al. Mortalidade infantil por causas evitáveis em uma cidade do Nordeste do Brasil. Rev Bras Enferm., Brasília, v.67, n.2, p.208-212, 2014.