Anais - 20º CBCENF
Resumo
Título:
ENFERMAGEM X ACIDENTES DE TRABALHO: O QUE MUDA NA PRÁTICA?
Relatoria:
ERIKA ALMEIDA ALVES PEREIRA
Autores:
- Aline Ramos Velasco
- Giovana Cópio Vieira
- Luana Pacheco de Moraes
- Beatriz Garcia Moreira Vieira
- Joanir Pereira Passos
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Trabalho, Ética e Legislação profissional
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Os profissionais da equipe de enfermagem possuem atribuições muito próprias da atividade laboral que exercem, marcada pelo cuidado contínuo, principalmente quando tratamos de assistência hospitalar, onde destaca-se o contato direto ao paciente, alta variedade de procedimentos e exposição aos diversos riscos ocupacionais presentes dentro do ambiente hospitalar. Neste sentido, destaca-se o risco biológico, visto que a ocorrência de uma exposição ocupacional, pode trazer sérias repercussões para a vida do profissional. O objetivo deste estudo foi descrever as ações adotadas pelos profissionais de enfermagem após a ocorrência de acidentes ocupacionais com exposição à materiais biológicos e, discuti-las no processo de trabalho na perspectiva da saúde do trabalhador. Trata-se de um estudo descritivo, com abordagem qualitativa, aprovado no Comitê de ética em pesquisa da UNIRIO sob o parecer de número 633.092/2014. Os participantes foram profissionais da equipe de enfermagem, atuantes em um Hospital Universitário, com histórico de acidentes de trabalho com exposição à materiais biológicos. A coleta de dados se deu através de um roteiro de entrevista semiestruturada e individual. Os dados receberam tratamento através da análise de conteúdo proposta por Bardin. A apreciação dos discursos dos participantes fundamentou a construção da classe temática: Modificações na prática assistencial após o acidente de trabalho. Percebe-se que os profissionais de enfermagem são capazes de identificar as atitudes que motivam a ocorrência do acidente, tornando-se um fator determinante para a modificação de atitudes no seu dia a dia laboral, com maior atenção durante a realização de procedimentos, maior adesão ao uso dos equipamentos de proteção individual e no manuseio dos perfurocortantes. Contudo, fica claro que estas modificações são baseadas nas repercussões negativas vivenciadas pós acidente, como o medo relacionado ao risco de soroconversão, levando à identificação da necessidade de uma melhor capacitação destes profissionais quanto ao entendimento dos riscos ocupacionais existentes, com sensibilização dos profissionais para a adoção efetiva das medidas de precaução padrão e das normas de biossegurança.