A cesariana é um procedimento cirúrgico realizado para a retirada do recém-nascido a partir da 39ª semana de gestação, quando houver impossibilidade o parto normal e mulheres que apresentarem gravidez de risco. Este procedimento ainda é frequente e superior ao parto normal no Brasil. Contudo, recomenda-se pela OMS que o parto cesáreo represente índice de 15% enquanto o parto normal seja 85%. Durante o Estágio de Obstetrícia iniciado em agosto de 2016, observou-se no livro de registros das Declarações de Nascidos Vivos - DNV de um Hospital do interior do Estado do Pará, uma quantidade maior de cesarianas realizadas em relação ao parto normal. A partir dessa observação, levantou-se a necessidade de reflexão sobre o tema abordado. Objetivo: Identificar a alta incidência de partos cesáreos de um Hospital do Interior do Estado do Pará. Metodologia: Trata-se de um estudo de caso de abordagem quantitativa, através de registros do Ministério da Saúde/SVS- Sistema de Informações sobre Nascidos Vivos - SINASC, adquiridos na Secretaria Municipal de Saúde a incidência de cesáreas em um Hospital do município no período de janeiro de 2015 a abril de 2016 (16 meses). Resultados e Discussões: Levantados os dados, foram obtidos os seguintes resultados; do total de partos (1052), realizados nesse período de 16 meses, 57% (605) foram partos cesáreos. Nota-se que são números contrários ao que a OMS e o Ministério da Saúde do país preconizam, a qual os valores foram supracitados. Conclusão: Portanto, nota-se a necessidade de mudanças no cenário obstétrico do interior do Estado do Pará, por meio da promoção de educação continuada para os profissionais da saúde, bem como a educação em saúde para as mulheres durante o pré-natal para esclarecimentos sobre mitos e verdades da gravidez e a escolha adequada das indicações de cada via de parto.