A Organização Mundial da Saúde define o climatério como uma fase biológica da vida e não um processo patológico, referente à transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida da mulher, onde a menopausa é um marco característico dessa fase e corresponde ao último ciclo menstrual, que acontece geralmente em torno dos 48 aos 50 anos de idade, sendo reconhecida somente depois de passados 12 meses da sua ocorrência. Os sintomas climatério, associados aos fatores psicossociais, culturais e ao estilo de vida podem estar relacionados com o comprometimento da qualidade de vida da mulher e nesse sentido, o objetivo desse estudo foi avaliar a qualidade de vida de mulheres no climatério atendidas pela atenção básica de saúde do município de Sinop-MT. Trata-se de uma pesquisa quantitativa, em que foram avaliadas 41 mulheres atendidas por Unidades de Saúde da Família, com queixa de sintomas relacionados ao climatério, idade de 40 a 65 anos, sem uso de terapia hormonal. Para a coleta de dados foi utilizado o Questionário da Saúde da Mulher que afere as medidas específicas populacionais do climatério, com o objetivo de identificar as mudanças físicas e as alterações relacionadas à idade. Através do estudo ficou demonstrado que a sintomatologia climatérica não interferiu significativamente na qualidade de vida das mulheres pesquisadas, sendo possível identificar os principais sintomas vivenciados por elas, onde predominaram os fogachos, ansiedade, esquecimento, tristeza, dores articulares, nervosismo, diminuição do interesse sexual, sonolência, cansaço e palpitações. Também foi observado que apesar das mulheres não informarem sintomas relacionados à depressão, muitas afirmaram fazer uso de medicamentos antidepressivos, o que pode interferir na intensidade dos sintomas, ou seja, amenizando os mesmos. A pesquisa mostrou-se diferente da maioria dos estudos que tratam da qualidade de vida da mulher no climatério, o que reforça a importância de estudos locais com abordagem distintas. Através da pesquisa foi despertado o interesse pelo autoconhecimento nas participantes e evidenciado que a enfermagem tem um papel importante no incentivo do autocuidado, onde a mulher precisa ser incentivada através de informações concisas para que a mesma entenda e vivencie esse momento com tranquilidade. REFERÊNCIA;BARBOSA, I. A. A saúde da mulher no climatério: contribuição da enfermagem para a saúde da família. Trabalho de Conclusão de Curso, 2010.