INTRODUÇÃO: Em infecções maternas com agentes de alta patogenicidade ou que exijam o uso de medicamentos incompatíveis com a amamentação, o aleitamento materno não é indicado, devendo ser substituído pelo aleitamento artificial. Existem controvérsias em relação à forma de alimentar o recém-nascido prematuro (RNPT), as quais, a maioria dos estudos retratam as vantagens e pouco ressaltam sobre a conduta. Há uma defesa em relação a utilização somente do leite materno, outros apregoam a necessidade de complementação do leite materno com fórmulas especiais e, há ainda, aqueles que indicam somente o uso de fórmulas. Os questionamentos levantados foram: “Qual a percepção da enfermeira acerca da utilização de suplemento à amamentação do RN na Unidade Neonatal?”; “A utilização de suplemento alimentar ao RN acarreta riscos à sua saúde e à amamentação ao seio materno?” OBJETIVO: Conhecer a percepção da enfermeira quanto ao uso de suplemento à amamentação em recém-nascidos internados na Unidade Neonatal (UN). METODOLOGIA:Estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, realizado em uma Unidade neonatal de Fortaleza-CE. Participaram do estudo 4 enfermeiras atuantes na UN no período da coleta de dados de período de janeiro a fevereiro de 2016, por meio de uma entrevista acerca da percepção sobre o uso de suplementos à amamentação de RN de baixo risco na UN. Para análise e interpretação dos dados, optou-se pela análise de conteúdo do tipo temática. RESULTADOS: As enfermeiras discordaram quanto ao prejuízo do uso de suplemento para a amamentação ao seio materno, como também, em sua quase totalidade concordam com os agravos à saúde do recém-nascidos causados pelo uso de suplementos lácteos à amamentação. A suplementação alimentar com o uso do copo, constitui iniciativa recomendada, visando a reduzir as causas de desmame relacionadas ao uso da mamadeira. CONCLUSÃO: Enfermeiras percebem a necessidade de estratégias para incentivar o aleitamento materno, como as que esclareçam a sua importância , as dificuldades e dúvidas de púerperas e suas famílias quanto ao uso de alimentos suplementares, além da necessidade de orientação e vínculo profissional/ RNPT/ Família para incentivar o aleitamento materno na UN.