INTRODUÇÃO: A Doença de Huntington (DH) é uma doença genética autossômica dominante, que atinge o sistema nervoso causando degeneração progressiva, levando a incapacidade física, emocional e cognitiva e pode apresentar quadro de demência, tornado-se uma doença de caráter severo. Seu tratamento é paliativo, realizado por meio de terapias e medicamentos que são capazes de auxiliar no controle de alguns sintomas, entretanto não pode alterar o seu curso. Visa o alívio do sofrimento do cliente e sua família, procurando estabelecer uma melhora na qualidade de vida, a fim de amenizá-los. OBJETIVOS: Este estudo objetivou evidenciar a percepção de acadêmicos de enfermagem, pertencentes ao grupo de pesquisa do Laboratório de Genética Humana, da Universidade Federal de Rondônia, acerca dos cuidados prestados a doenças de caráter terminal, como a DH. MÉTODOS: Trata-se de um relato de experiência, onde o método utilizado foi à observação realizada por meio de visitas domiciliárias à família acometida, as quais foram iniciadas há cerca de seis meses e permanece até o presente momento. Observou-se também a necessidade da implementação de ações assistenciais devido à situação de vulnerabilidade física, social e psicológica que os portadores de DH se encontravam. Desta forma foram executadas pelos pesquisadores do LGH as seguintes ações: avaliação física e antropométrica, realização de exames de rotina, higienização corporal, entre outras. RESULTADOS: Durante a observação, as acadêmicas de enfermagem evidenciaram a dificuldade na implementação de diversos cuidados, devido ao comprometimento motor já instalado. O local da moradia situa-se em área rural não coberta pela atenção básica de saúde, o que dificulta o acesso dos mesmos aos locais de atendimento. A residência apresenta-se em situação precária, com piso em desnível no banheiro, que acarreta empecilhos para locomoção e risco para quedas. Observaram ainda uma dificuldade dos membros dessa família em desenvolver as atividades básicas da vida. CONCLUSÃO: Considerando o impacto agravado pela DH nas famílias acometidas, conclui-se ser de grande relevância a implantação de uma assistência adequada, para que portadores das doenças neurodegenerativas, como a DH possam ter condições dignas de vida, conforme preconiza a portaria 199 de 2014 do ministério da saúde. REFERÊNCIAS:MONTEIRO, F.F.; OLIVEIRA, M., VALL, J. A importância dos cuidados paliativos na enfermagem *Rev. Dor. São Paulo, 2010 jul-set; 11 (3): 242-248.