INTRODUÇÃO: Considerada uma fase de transição, a adolescência é permeada por diversas transformações comportamentais, intelectuais e sociais, sendo também apontada como a passagem da infância para a idade adulta, no qual cada sujeito vivencia de maneira distinta. OBJETIVO: Descrever os principais desafios vivenciados pelos enfermeiros da atenção básica ao desenvolver ações de promoção da saúde e prevenção de doenças, direcionadas aos adolescentes. METODOLOGIA: Trata-se de um estudo de natureza descritiva exploratória de abordagem qualitativa, desenvolvido com 10 enfermeiros, com experiência superior a seis meses de atuação. A coleta de dados se deu por meio de entrevistas semiestruturadas, individuais, gravadas e transcritas na íntegra. Para o tratamento dos dados utilizamos a técnica análise de Conteúdo - Modalidade Temática. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética de Pesquisa da Universidade do Estado de Mato Grosso parecer Nº 1.333.864. RESULTADOS: Diariamente os profissionais de enfermagem deparam-se com inúmeros desafios para executar suas ações de promoção da saúde e prevenção de doenças. Os principais desafios elencados pelos enfermeiros do estudo ao desenvolver suas ações foram: "O mal funcionamento das políticas públicas do município"; "Gestão pouco capacitada para lidar com os planejamentos"; "Falta de adesão da equipe multidisciplinar nas ações educativas"; "Ausência de apoio e compromisso da população adolescente nas ações"; "Estrutura profissional inadequada"; "Estrutura física inadequada"; "Sobrecarga de trabalho" e "Falta de insumos para o desenvolvimento das atividades". CONCLUSÃO: Compreendemos o quanto é relevante desenvolver ações para a promoção da saúde do adolescente na atenção básica e percebemos que muitas vezes essas ações são deixadas de lado, devido aos inúmeros desafios que os enfermeiros encontram para executa- lás, o que acaba repercutindo negativamente na qualidade da assistência de enfermagem, haja visto que esses meios subsidiam para que as atividades ocorram com qualidade.