INTRODUÇÃO: Definido como qualquer agressão que desenvolve lesão anatômica ou comprometimento funcional do encéfalo, meninges, crânio e couro cabeludo, a Lesão Cerebral Traumática (LCT) pode ser classificada de acordo com sua intensidade em leve, moderado e grave. A LCT constitui um grande problema de saúde pública mundial, pois apresenta taxa de incidência cada vez mais elevada, representando importante causa de morbimortalidade, e também um elevado impacto económico, pois afeta principalmente a faixa etária ativa da população. Além disso, contribui diretamente para os óbitos decorrentes de causas externas, as principais representadas por acidentes automobilísticos, quedas, agressões e atropelamentos. OBJETIVOS: Descrever os aspectos epidemiológicos das Lesões Cerebrais Traumáticas. MÉTODOS: Trata-se de uma pesquisa bibliográfica realizada nas bases de dados SCIELO e LILACS, no período de abril a maio de 2016, sendo critérios de inclusão artigos gratuitos, disponíveis na íntegra, idioma português e publicados a partir do ano 2011. Para a coleta de dados foram utilizados os descritores: Traumatismos cranioencefálicos; Trauma; Epidemiologia, sendo utilizados sete artigos. RESULTADOS: Os estudos evidenciaram uma predominância do sexo masculino, isso se deve ao fato dos homens utilizarem mais a moto como meio de transporte, e fazerem a associação do mesmo com álcool e drogas. A faixa etária mais atingida é entre 21 e 60 anos e a maioria sofreu queda. Os principais mecanismos de trauma estão relacionados aos acidentes de trânsito, incluindo os motociclísticos, por atropelamento e os automobilísticos. A Violência urbana e agressões físicas são causas crescentes de trauma encefálico em grandes metrópoles. Em relação à gravidade, há uma maior ocorrência de LCT leve e em seguida LCT grave. CONCLUSÃO: Concluiu-se que estudos epidemiológicos sobre traumas cranioencefálicos são de extrema importância para que haja uma melhoria no atendimento pré e intra-hospitalar e em campanhas educativas mais eficientes, reduzindo os altos índices de morbimortalidade.