INTRODUÇÃO: A força das representações estabelecem versões da realidade pelo poder dos discursos e pertinência dos grupos, sendo a comunicação social sob aspectos midiáticos uma possibilidade de determinação das representações. As representações sociais da enfermagem no Brasil ainda ocorrem de forma desatualizada e depreciativa. Os enfermeiros tem utilizado pouco e mal os meios de comunicação. As crenças arcaicas da imagem da profissão ocorrem parcialmente por falta de informação e por influência da manipulação social por redes de comunicação informais e pela mídia. OBJETIVO: Demonstrar como o uso da mídia e redes de comunicação informal pela enfermagem pode contribuir para desconstrução da representação depreciativa de sua imagem profissional. MATERIAL E MÉTODOS: Estudo exploratório, descritivo, do tipo qualitativo, com aplicação de questionário semi-estruturado com 50 acadêmicos de enfermagem da Universidade do Estado de Mato Grosso – Campus de Tangará da Serra. RESULTADOS E DISCUSSÃO: Agrupou-se a fala dos acadêmicos em três categorias: o enfermeiro como agente social; identidade profissional; imagem profissional. Para entender a identidade profissional é necessário conhecer o processo de profissionalização da profissão, que se encontra numa busca permanente pela conquista de espaço. A divulgação pelos enfermeiros sobre sua profissão pode alterar a imagem estereotipada e desatualizada, como a enfermeira abnegada e submissa, retratando também o preconceito relacionado ao gênero feminino, sendo parcela de responsabilidade dos próprios enfermeiros por não se posicionarem em corrigir imagens desvirtuadas. Evidencia-se na fala dos alunos que entendem a importância da profissão se legitimar e conhecer sua identidade profissional. CONSIDERAÇÕES FINAIS: A imagem midiática difundida nas redes sociais que representam a enfermagem se relacionam aos mitos preconceituosos enraizados na sociedade, além do descaso do poder público em relação a saúde refletindo na imagem dos profissionais, desvalorização profissional, déficit no quantitativo, somando-se a difusão de informação em redes sociais, em que muitas vezes, as queixas do próprio sistema de saúde são absorvidas na imagem do profissional. Há que se fazer visíveis, utilizando os meios de comunicação para difundir a realidade da profissão e na prática profissional diária, contribuindo para valorização da enfermagem.