Introdução: A Política Nacional de Humanização (PNH) busca pôr em prática os princípios do SUS no cotidiano dos serviços de saúde, produzindo mudanças nos modos de gerir e cuidar (BRASIL, 2013). Baseando-se neste contexto e na análise dos problemas e dificuldades entre os gestores, trabalhadores e usuários da cidade de Ladário/MS foi realizada uma intervenção nas unidades de saúde através de teatro, com o título: “Sou importante e integro uma equipe”, promovido pelos acadêmicos de enfermagem e medicina da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul, entre julho a agosto de 2015. Objetivo: Relatar a experiência de uma atividade de educação em saúde com profissionais de saúde sobre humanização, enfatizando a importância da valorização do trabalho em equipe. Metodologia: A ação atingiu cerca de 50 pessoas e efetuada nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) do município. Iniciou-se a atividade com a apresentação de um vídeo onde eram exibidas notícias sobre a falta de humanização no SUS e seus impactos. Em seguida, foram realizadas encenações; cada cena foi retratada com duas situações hipotéticas: a primeira demonstrava a desumanização e falta de ética dos profissionais de saúde e a segunda era (re)construída pelos profissionais da saúde/plateia que a partir da primeira cena a remodelavam, acrescentando atitudes de humanização e acolhimento. Em terceiro e último ato, os participantes confeccionaram em conjunto um cartaz intitulado: “O que eu posso fazer para realizar um bom acolhimento?” com o fito de assimilar as articulações oriundas do teatro dinamizado. As opiniões e sugestões dos trabalhadores foram registradas e fixadas em cada UBS representando uma missão a ser cumprida. Resultados: As encenações de práticas desumanizadoras e antiéticas promoveram significativo impacto aos profissionais, provocando a discussão sobre as próprias condutas (individuais e coletivas) e a mudanças necessários para um bom acolhimento nos serviços de saúde. Tendo em vista a humanização como melhor estratégia para um cuidado integral e trabalho em equipe. Conclusão: A valorização do ser humano e um acolhimento que traga dignidade ao usuário são peças fundamentais para todo o funcionamento da rede do SUS, portanto, faz-se necessária a constante discussão e intervenções participativas que incluam os profissionais no seu desenvolvimento.