A população penitenciária está inserida em um cenário caracterizado por condições precárias de habitação. Devido a isso, prestar serviços de saúde que atuem tanto no tratamento, recuperação e reabilitação se tornam de grande valia, principalmente quando a educação é inserida. O seguinte estudo objetiva-se identificar a importância da educação em saúde a partir das condições de saúde da população carcerária. Trata-se de um estudo de abordagem quantitativa com caráter descritivo-exploratório, realizado nos meses de setembro e outubro de 2015, norteado pela problemática "Os problemas de saúde enfrentados pelos detentos", a coleta de dados foi realizado em noticiários, leis, teses, dissertações e periódicos indexados nas bases de dados Lilacs, Medline e BDEnf, publicados no período entre 2007 a 2015, com idioma em Português (Brasil) e Inglês (EUA) e limite em seres humanos. Os descritores utilizados foram: prisões, qualidade de vida, fatores de risco e educação em saúde com o boleano “AND”, ao total foram utilizados 13 materiais de estudo. Devido a alta incidência e a diversidade de patologias no âmbito prisional feminino, há a necessidade de possibilitar a esses indivíduos, no seu cotidiano, o conhecimento sobre a patologia e suas complicações, com o trabalho também nos métodos de prevenção para o surgimento de novos problemas, através de ações educativas, no intuito de melhorar a sua qualidade de vida, permitindo com que esses indivíduos se tornem agente ativos no seu processo saúde-doença. Não se pretende desviar o enfoque dos atos violentos cometidos pelos presos condenadas, mas considerar que a “reeducação” dessas pessoas só será alcançada com a efetivação das leis e das políticas públicas já criadas, quando o sistema conseguir absorver suas demandas por educação, saúde, moradia e vida digna. Conclui-se que a incidência de algumas patologias são maiores dentro dos centros de detenção quando comparada com as da vida extra muros, mediante a isto prestar educação em saúde para os indivíduos restritos a liberdade como pregado pelo Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário é de suma importância, uma vez que a educação em saúde é uma arma poderosa para ser usada na promoção da saúde e prevenção de agravos.