Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
TRANSMISSÃO VERTICAL DO HIV NO ESTADO DE ALAGOAS: UM ESTUDO POPULACIONAL
Relatoria:
REGINA DE SOUZA ALVES
Autores:
- CLÁUDIA MENDES DA SILVA
- ALINE VIRGÍNIA DE SOUZA FRAGA ALVES
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
INTRODUÇÃO: Em razão do aumento da transmissão do HIV por contato heterossexual ter acarretado o crescimento substancial de casos em mulheres, sobretudo em idade reprodutiva, nota-se que a feminização da Aids tornou-se o mais preocupante fenômeno para o atual quadro dessa epidemia, tendo em vista as possibilidades reais da transmissão materno-infantil do HIV. Diante o exposto, partindo dos princípios da epidemiologia, que visa ao estudo da frequência, da distribuição e dos determinantes dos eventos em saúde, a relevância para a construção deste estudo justificou-se pelo fato de que o reconhecimento dos aspectos epidemiológicos da transmissão materno-infantil do HIV/Aids, constitui um importante ensejo para a avaliação das medidas preventivas empregadas na atenção ao binômio gestação e HIV/Aids. OBJETIVOS: Avaliar a situação epidemiológica da transmissão vertical do HIV no Estado de Alagoas, no período de 2000 a 2012. METODOLOGIA: Estudo populacional, de análise descritiva e abordagem quantitativa. Constituiu sujeito da pesquisa a população de crianças menores de 13 anos portadoras do HIV/Aids no estado de Alagoas. Para a coleta dos dados, foi utilizado um levantamento no Boletim epidemiológico Aids/DST e Hepatites Virais publicado pela Secretaria de Estado da Saúde de Alagoas. RESULTADOS: Os casos de transmissão vertical em Alagoas apontam que, de 2000 a 2012, foram feitas 109 notificações. A transmissão vertical foi responsável por 88,1% dos casos em que, deste percentual, 74% foram registrados em crianças menores de 5 anos e 26% em crianças de 5 a 12 anos. DISCUSSÃO: A ocorrência da infecção nas crianças expostas ao vírus reflete as falhas na qualidade da assistência em saúde às gestantes, assim como no sistema de vigilância frente à captação precoce dessas mulheres. Isso sugere que o aumento da cobertura das gestantes e a qualificação dos serviços prestados proporcionaria uma importante possibilidade de intervenção em saúde. CONCLUSÃO: A elevação dos casos de transmissão vertical do HIV em Alagoas assinala para possíveis deficiências quanto à assistência qualificada a mulher e o seu concepto durante o período gestacional-puerperal, fato que requer maior envolvimento das políticas públicas na condução dessa nova realidade enfrentada pelo estado.