INTRODUÇÃO: Grande parte dos homens não frequentam os locais de atenção primaria e/ou saúde coletiva pela dificuldade de acesso a estes serviços. Este fato dificulta a promoção á saúde e prevenção de doenças crônicas, que levam muitos homens a procurar o atendimento secundário, apresentando comorbidades avançadas como doenças cardiovasculares. OBJETIVO: Avaliar os parâmetros da Pressão Arterial (PA), bem como, correlacionar com algumas comorbidades entre homens na cidade de Barra do Garças-MT. METODOLOGIA: Trata-se de relato de experiência com abordagem quantitativa, realizado em julho de 2015. Os dados foram coletados em dois dias de ações por membros do projeto de extensão Pró-homem da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus Universitário do Araguaia (CUA) em comemoração ao Dia do Homem. Utilizou-se um questionário semiestruturado para dados sociodemograficos, avaliação dos parâmetros de PA, medida da Circunferência Abdominal (CA) e o cálculo do Índice Massa Corpórea (IMC). RESULTADOS: Participaram 256 homens com faixa etária de 18 a 81 anos, destes 35% possuem ensino médio completo. A avaliação revelou que entre 41% homens com idade entre 49 a 63 anos apresentaram PA acima dos valores de referência (↑140x90 mmHg), 20% relataram estar com o exame de colesterol acima dos valores permitidos. O calculo do IMC revelou que, 28% dos homens estão com o peso normal (IMC 18,5 e 24,99), 48% estão sobrepeso (IMC: 25 a 29,99) e 24%com obesidade grau I (IMC: 30 e 34,99). Quanto ao risco cardíaco por obesidade abdominal, avaliado através da medida da CA observou 25% risco moderado (94 a 102 cm) com idade entre 44 a 67 anos e 31% risco aumentado (≥102 cm). CONCLUSÃO: Diante do exposto, a ação em comemoração ao Dia do Homem, possibilitou realizar uma avaliação primária da população masculina e observou-se PA, CA e IMC com parâmetros alterados em grande porcentagem dos participantes, colocando este grupo da população na faixa de risco para doenças cardiovasculares. Pode-se ainda, repassar orientações pertinentes à saúde do homem, bem como de doenças crônicas não transmissíveis, visto que o gênero masculino apresenta uma baixa frequência em unidade primária de saúde, dificultando os orientações e tratamentos preventivos e assim chegam ao serviço com doenças em estágio avançados que pode comprometer a saúde tanto física quanto psíquica.