Introdução: As estratégias de prevenção secundária ao câncer de colo do útero consistem no diagnóstico precoce das lesões de colo uterino antes que estas se tornem invasivas. É realizada a partir de técnicas de rastreamento ou screening, dentre elas as mais conhecidas são a citologia oncótica ou Papanicolaou, colposcopia, cervicografia e, mais recentemente, os testes de detecção do DNA do Vírus Papiloma Humano em esfregaços citológicos. No entanto, o exame preventivo é considerado o mais efetivo e eficiente dentre os métodos de detecção utilizados nos programas de rastreamento do câncer de colo de útero. Objetivo: Relatar as atividades educativas desenvolvidas com mulheres atendidas na UBS Raimundo Bedor através de rodas de escuta qualificada que abordaram dúvidas das participantes e temas relacionados ao câncer de colo uterino e as IST, além da resistência em se realizar esse exame quando é um profissional do sexo masculino. Metodologia: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência de atividades educativas desenvolvida pelo enfermeiro da atenção básica, com mulheres atendidas na UBS Raimundo Bedor em Santa Maria da Boa Vista-PE. As atividades foram realizadas no período de março de 2016 a julho de 2016, vinculadas as atividades de educação em saúde da atenção básica e planejamento familiar. Resultados e discussão: Durante a execução das atividades foram realizadas palestras com as participantes, em que se discutia sobre o câncer de colo uterino, as IST e suas principais dúvidas, além da resistência dessas em fazer o exame com um profissional do sexo masculino, através desta, traçava-se um planejamento e elaboração das atividades educativas. Seus resultados puderam auxiliar os programas de prevenção voltados a este grupo específico, bem como contribuir para o planejamento de ações em saúde mais efetivas e coerentes com as necessidades dessa população. Conclusão: Pôde-se observar uma maior intensificação da relação já estabelecida com os profissionais e mulheres atendidas pela unidade; vínculo de confiança com as mulheres participantes para debater as atividades propostas; apropriação de informações/conhecimento acerca da temática pelo enfermeiro participante das atividades; maior visibilidade das atividades a serem desenvolvidas ao longo do ano; e participação ativa das mulheres em relação aos temas abordados.