INTRODUÇÃO: O Plano Municipal de Saúde (PMS) é um instrumento orientador para o gesto em saúde, pois é a base para planejamentos, programações e projetos de saúde de uma localidade, por um período de 4 anos, através do Sistema Único de Saúde. Deve ser fundamentado nas necessidades de saúde da população e construído de forma participativa (Brasil, 2014). OBJETIVOS: Relatar a experiência de construção estratégica e participativa dos Planos Municipais de Saúde dos municípios que compõe a região de saúde Centro Norte do estado de Mato Grosso, nas disciplinas de Epidemiologia e Gestão de sistemas e serviços de saúde da Universidade do Estado de Mato Grosso, campus de Diamantino. METODOLOGIAS: Trata-se de um estudo descritivo, na modalidade de relato de experiência, oriundo da construção dos Planos Municipais de Saúde, por meio da aplicação de aulas práticas no laboratório de informática, bem como metodologia de levantamento de problemas de saúde (árvore de problemas de saúde). Utilizou-se como referencial teórico de construção do Plano Municipal de Saúde orientado pela Secretaria Estadual de Saúde de Mato Grosso (BRASIL,2014). As experiências de construção ocorreram em etapas diferentes, sendo descritas: 1ª etapa: construção de indicadores que demostrem as condições de vida da população dos municípios da região de saúde (demográficos, socioeconômicos, saneamento básico e epidemiológicos); 2ª etapa: oficina de levantamento de problemas de saúde (árvore de problemas e objetivos); 3ª etapa: construção dos planos municipais de saúde. Os acadêmicos participantes são os matriculados nas disciplinas de Epidemiologia e Gestão de sistemas e serviços de saúde, do Curso de Enfermagem da UNEMAT Campus de Diamantino. RESULTADOS: Os indicadores foram analisados e discutidos durante as oficinas e cada grupo de trabalho priorizou dois problemas que afetam a vida e saúde da população, para cada problema foram propostas metas (objetivos) a serem alcançadas, no período de 4 anos. O PMS agregou os resultados da etapa 1 e 2, bem como a previsão orçamentária e sua formatação final. CONCLUSÕES: A atividade interdisciplinar oportunizou a construção de um saber coletivo, porém, observa-se ainda na graduação de enfermagem uma forte tendência profissional a seguir um modelo tecnicista, hospitalocêntrico e de resistência a discussões voltadas a saúde da coletividade, especialmente na Gestão em Saúde.