Introdução: A redução da mortalidade infantil constitui um dos Objetivos do Milênio proposto pela Organização das Nações Unidas (ONU). O alcance dessa meta pelo Brasil é resultado de uma combinação de estratégias desenvolvidas, tendo inclusive a influência da qualidade da assistência à saúde como um dos fatores. Objetivo: Identificar nas produções científicas os fatores relacionados a qualidade da assistência à saúde que influenciam na mortalidade infantil. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa de literatura, consistindo na busca e avaliação crítica de evidências disponíveis, e posterior interpretação dos resultados encontrados a partir da consulta na base de dados contidas na BVS (Biblioteca Virtual em Saúde), utilizando os descritores mortalidade infantil e qualidade da assistência à saúde. A partir destes descritores foram descobertos 651 artigos. Estabeleceu-se como critérios de inclusão: artigos científicos relacionados a temática, publicados em português, entre os anos de 2006 e 2016. Critérios de exclusão: artigos que fugiram do contexto em consideração, não disponíveis na íntegra e estudos de revisões de literatura. Após a aplicação dos critérios de inclusão e exclusão, 14 artigos foram utilizados à construção da pesquisa. Resultados: Os estudos indicam que o padrão de mortalidade infantil é majoritariamente neonatal, representando que há falhas na assistência prestada no pré-natal, ao parto e cuidado imediato ao recém-nascido, essas falhas são identificadas na ausência de informações e baixa quantidade de consultas durante o pré-natal, negligência durante o acompanhamento fetal no trabalho de parto e após o nascimento. Conclusão: Compreende-se que a assistência de qualidade nos serviços de saúde com um atendimento pautado em boas práticas e desempenhado através da identificação da gestante sem assistência ao pré-natal, a garantia de um acesso em tempo oportuno, a detecção precoce de complicações juntamente com um manejo adequado no sentido de minimizar danos à saúde são fatores contributivos para a prevenção de óbitos evitáveis e consequentemente a redução da taxa de mortalidade infantil. Referências: LANSKY, S. et al. Pesquisa Nascer no Brasil: perfil da mortalidade neonatal e avaliação da assistência à gestante e ao recém-nascido. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2014. NASCIMENTO, R. M. et al. Determinantes da mortalidade neonatal: estudo caso-controle em Fortaleza, Ceará, Brasil. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, 2012.