Inúmeras modificações tecnológicas, sociais e epidêmicas, que o Brasil e o mundo vem sofrendo nos últimos anos, refletem sobre o gestar, evidenciando um número alarmante de gravidez de alto risco. Buscou compreender o sentido do acolhimento para a equipe de enfermagem e como se percebe o acatamento do direito ao acolhimento às pacientes de alto risco e às vítimas de violência.  O percurso metodológico se fez a partir das observações realizadas em atividade prática, em um hospital universitário federal, em Cuiabá-MT. As pretensões demandam de breve revisão bibliográfica, conceituando o termo acolhimento e correlacionando com as observações dos acadêmicos. A compreensão do termo se ampara em documentos orientadores como a Política Nacional de Humanização, explicando que “acolhimento deve comparecer e sustentar a relação entre equipes/serviços e usuários/populações (BRASIL, 2013)”. Trata-se de um “abraçar”  que acontece de modo múltiplo, uma vez que se estabelece uma relação mútua entre profissionais de diversos setores e o usuário, e que pode ter outros sentidos (AYRES, 2004) considerando o todo, desde a atenção assistencial e gerenciamento de recursos. A visão do enfermeiro neste processo de acolher é essencial para a formulação de novas estratégias de atendimento. Considerando a triagem obstétrica, as gestantes recebem classificação conforme o risco e urgência e somente depois da avaliação médica se determina o grau de risco do pré-natal. Conforme Souza, Rocha e Lima (2016), a “[...] classificação de risco é um instrumento que objetiva organizar a demanda de atendimento de forma que possa assegurar o atendimento mais breve, conforme necessidade clínica apresentada pelo paciente”. As reflexões insinuam um aprofundamento na preparação dos profissionais de saúde na academia, no sentido de aproximar teoria e prática, contribuindo para que, temas como o acolhimento, sejam encarados com sentido de alta relevância na promoção e recuperação da saúde. REFERÊNCIAS: AYRES, J. R. C. M. O cuidado, os modos de ser (do) humano e as práticas de saúde. Saúde e Sociedade v.13, n.3, p.16-29, set-dez 2004; BRASIL. Política Nacional de Humanização. Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde. 1ª edição 1ª reimpressão, Brasília – DF 2013 disponível em: www.saude.gov.br/humanizasus. Acesso em 29 ago. 2016; SOUZA, B.M; ROCHA, I.M.S; LIMA, A.L.S. Processo de enfermagem: acolhimento com classificação de risco a gestante. São Paulo: Revista Recien. 2016; 6(16):11-20.