Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
A IMPORTÂNCIA DO ACONSELHAMENTO PROFISSIONAL NOS TESTES RÁPIDOS
Relatoria:
RAFAELA DE LIMA PEREIRA
Autores:
- ELICLÉIA FILGUEIRA SANTIAGO
- JACQUELINE SILVA DAMACENO
- LAURA IZABEL PACHECO HARTMANN
- JUSCÉLIA BARBOSA FERREIRA DA SILVA
Modalidade:
Pôster
Área:
Trabalho, Legislação e Ética
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
Introdução: Os testes rápidos foram desenvolvidos com intuito de diagnósticos imediatos facilitando a acessibilidade a tratamentos efetivos. O aconselhamento no teste rápido é um processo no qual o profissional tem função de moderador, de emissário de informação, garantindo ambiente de sigilo nos resultados e de respeito aos direitos individuais. Objetivo: Compartilhar experiência com a realização de testes rápidos na Estratégia Saúde da Família - ESF para testagens de HIV, sífilis, hepatites B e C. Metodologia: O relato discorre acerca de testagem de um homem ocorrida em agosto de 2016 numa ESF no município de Rondonópolis. Durante consulta foram desenvolvidas ações conforme o protocolo, que são o aconselhamento pré e pós-testagem. Resultados: Os testes realizados obtiveram como resultado amostra não reagente para hepatites B e C, amostra reagente para sífilis e HIV em TR1 e TR2. Após esclarecimento sobre os resultados, o usuário mostrou-se nervoso, querendo saber apenas o resultado da sífilis. Nesta fase, considera-se imprescindível o profissional avaliar as condições emocionais e psicológicas, abordando sem julgamentos, evitando atitudes coercitivas, não impondo decisões e informando sobre a confidencialidade/sigilo das informações (SILVA; TAVARES; PAZ, 2011). Foi orientado sobre importância do tratamento e necessidade de propor à parceira que fizesse os testes. O mesmo disse que não falaria, para que ela não o apontasse como transmissor. Ele foi alertado que a transmissão consciente do vírus HIV, configura lesão corporal grave, delito previsto no artigo 129, parágrafo 2º, do Código Penal Brasileiro. Porém, o sigilo e confidencialidade mostraram-se essenciais, por ser direito assegurado do usuário. Por fim, foram entregues os laudos e encaminhamento ao Serviço de Assistência Especializada em DST/AIDS para seguimento do tratamento, sedo o mesmo orientado sobre a rotinas de atendimento do local. Conclusão: Notamos a necessidade de o profissional estar capacitado a oferecer apoio emocional, possibilitando ao usuário tempo para assimilar o impacto; lidar com sentimentos como culpa, rejeição, punição; diferenciar a condição de portador do vírus da de doente, orientar sobre necessidade de revelar o resultado ao parceiro, disponibilizando o serviço para isso, encaminhar para serviços complementares de assistência médica e social, além de incentivar adesão à terapia medicamentosa.