INTRODUÇÃO: Embora qualquer pessoa possa se tornar vítima de violência sexual, esse abuso encontra-se intimamente atrelado à questão de gênero, considerando que é uma das principais causas de mortalidade e morbidade feminina, acometendo mulheres de diferentes idades e níveis socioeconômicos. OBJETIVO: O estudo tem como objetivo investigar na literatura evidências sobre a atuação dos enfermeiros que trabalham nos serviços de urgências quanto à preservação de vestígios forenses. METODOLOGIA: Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, através das publicações no período de 2005-2015, encontradas nas bases de dados Google Acadêmico, Scielo e Bireme, utilizando os descritores: enfermagem, abuso sexual, violência e gênero. Foram excluídos os estudos que não estavam disponíveis integralmente e selecionadas 23 publicações. RESULTADOS: Os serviços de saúde de urgência e emergência frequentemente acolhem mulheres vítimas de violência sexual, e os enfermeiros, muitas vezes, são os primeiros a estabelecerem contato com as vítimas e seus agressores. Esse profissional tem potencial para realizar um atendimento humanizado e integral, colaborando para a identificação, coleta e preservação dos vestígios indicativos desse tipo de abuso, podendo tornar-se mediador entre o paciente e a justiça. Entretanto, são muitas as dificuldades e desafios para que possa atuar efetivamente nessa área, tais como, deficiência na forma de acolher e coletar as informações, falta de preparo técnico para coleta, medo e insegurança.. CONCLUSÕES: Frente a estes entraves, torna-se pertinente a realização de capacitações que habilitem esses profissionais na preservação e coleta de vestígios indicativos de violência sexual a mulher, assim como o acondicionamento e encaminhamento das amostras para análise, garantindo sua preservação, contribuindo para a cadeia de custódia e colaborando para os desfechos jurídicos.