Uma assistência pré-natal adequada, com detecção e intervenção precoce das situações de risco pode promover o desfecho favorável e reduzir as principais causas de mortalidade materna e neonatal. O objetivo deste estudo foi analisar a assistência pré-natal oferecida às gestantes da baixada cuiabana, usuárias dos serviços de saúde pública. Estudo epidemiológico longitudinal aprovado pelo Comitê de Ética da Universidade de Cuiabá-UNIC, sob parecer no 511.855/2014. Os dados foram colhidos através de entrevista semiestruturada no dia do parto e dados do cartão de pré-natal durante internação da parturiente. Foram entrevistadas 470 puérperas, com idade predominante entre 20 e 30 anos (57%), de raça parda/morena (73%) e com nível de escolaridade ensino médio (61%). A respeito da assistência pré-natal ofertada às gestantes, 70% realizaram o pré-natal em Unidades Básicas de Saúde, com início predominantemente no primeiro trimestre da gestação (78%) e realizaram até 8 consultas de acompanhamento de pré-natal (75,10%). A maioria (64%) das puérperas realizou todas as consultas de pré-natal com o mesmo médico e foi submetida à realização de todos os exames pré-natais recomendados pelo Ministério da Saúde. Na maternidade, 62% das gestantes foram submetidas ao parto vaginal e destes, 97% foram realizados pelo profissional médico. A idade gestacional predominante no parto foi a partir da 37a semana de gestação (91%) e, em 98% dos partos, o profissional médico pediatra esteve presente. Os resultados demonstram que existe a necessidade de ampliação da assistência pré-natal, com captação precoce das gestantes, consultas de pré-natal de baixo risco intercaladas entre o profissional médico e enfermeiro, maior oferta de realização dos exames pré-natais a fim de garantir melhores resultados maternos e perinatais e alcançar um nível eficiente de assistência.