Introdução: Sabe-se que a infecção pelo HIV traz consigo a imunodeficiência, comprometendo o funcionamento e defesa do organismo, o que interfere na qualidade de vida do paciente. Neste sentido, o autocuidado é indispensável à sobrevivência do ser humano com qualidade no mundo em que vivemos. Assim, a Teoria do Déficit do Autocuidado de Orem é que instrumentaliza o enfermeiro a identificar os déficits de autocuidado e atuar ajudando o paciente a tornar-se um agente ativo no autocuidado, com vistas à manutenção da sua saúde e bem-estar. Objetivos: Descrever a importância da Teoria do Déficit do Autocuidado de Dorothea Orem na assistência de enfermagem a Pessoas Vivendo com HIV/AIDS. Metodologia: estudo exploratório e descritivo, com abordagem qualitativa, desenvolvido no Serviço de Atenção Especializada às IST/HIV/AIDS do município de Sinop, Mato Grosso, com dois participantes vivendo com HIV/AIDS. Os dados coletados referem-se ao período de março a julho de 2016 e foram utilizadas as técnicas de entrevista, observação, exame físico e consulta aos prontuários, sendo analisados conforme a Teoria do Déficit do Autocuidado de Dorothea Orem. Resultados: A assistência de enfermagem requer um embasamento científico, aplicabilidade e utilidade de uma teoria, e a Teoria do Déficit do Autocuidado de Orem demonstrou ser essencial para a melhor assistência ao paciente com HIV/AIDS, visto que delineia quando e porque há necessidade da ajuda da enfermagem para auxiliar o indivíduo no oferecimento do autocuidado, além disso, a teoria foi importante para identificar os requisitos de autocuidado universal, os relativos ao desenvolvimento, os referentes aos desvios de saúde e, a partir disto, os déficits do autocuidado; fundamentar a Sistematização da Assistência de Enfermagem, sustentando e aprimorando a prática profissional; classificar os pacientes para as intervenções com o sistema apoio-educação e permitir que se realize educação em saúde, com base nos déficits de conhecimento identificados. Conclusão: Assim, a teoria de Orem, como um suporte teórico, sustenta a prática profissional e conduz o enfermeiro a atuar com coerência e precisão, além de orientar soluções que respondam às necessidades individuais dos pacientes vivendo com HIV/AIDS, permitindo que eles tornem-se agentes do cuidado consigo mesmo.