Introdução: Um dos grandes riscos á saúde da criança e do adolescente entre 5 e 19 anos de idade são os acidentes escolares, os quais por muitas vezes são fatais à vida da vítima. Em situações que a criança se envolve em um acidente dentro do ambiente escolar é extremamente importante que os professores estejam aptos e capacitados a realizar os procedimentos de Suporte Básico de Vida (SBV) que é o atendimento às emergências cardiovasculares com foco nas compressões torácicas eficazes, o que no geral não acontece devido à falta de conhecimento e/ou receio dos professores em realizar algum procedimento de maneira inadequada. Objetivo: Diante do exposto nosso objetivo foi comparar o conhecimento prévio com o conhecimento adquirido pelos professores de uma escola municipal de Sinop/MT após ações de capacitação em SBV. Metodologia: As ações de capacitação em SBV foram realizadas com professores da Escola Municipal Professor Jurandir Liberino de Mesquita de Sinop/MT. Tais ações foram divididas em módulo teórico e prático. Foi aplicado um questionário contendo 10 questões sobre o tema antes e após a capacitação. Tais questões foram categorizadas em: reconhecimento e avaliação de uma parada cardiorrespiratória, sequência correta do atendimento, conhecimento sobre a RCP e posicionamento correto da vítima. Resultados: Foi observado que a taxa de acerto geral antes da capacitação foi de 46,6% e após de 79,5%. Ao analisar as taxas de acerto separadas em categorias os resultados obtidos foram os seguintes: taxa de acerto sobre reconhecimento e avaliação da PCR antes e após a capacitação, 59,5% e 100%, respectivamente; taxa de acerto sobre a sequência correta do atendimento antes da capacitação 9,5% e após 61,9%; taxa de acerto sobre o conhecimento em relação à RCP, antes da capacitação 31,4% e após 70,4%; taxa de acerto sobre o posicionamento correto da vítima, antes da capacitação 83,3% e após 92,8%. Conclusão: É nítido que antes das ações educativas os professores apresentavam um baixo grau de conhecimento em relação ao SBV e que a capacitação melhorou consideravelmente este conhecimento. Assim, destacamos a importância da atuação do Enfermeiro na capacitação de socorristas leigos, habilitando-os a realizarem um atendimento inicial de qualidade às vítimas de PCR, tanto no ambiente escolar como em outros ambientes extra-hospitalares.