Introdução: a hanseníase é uma doença crônica, que pode causar deformidades e incapacidades físicas. Quanto à hanseníase em menores de quinze anos, o estado de Mato Grosso apresenta-se hiperendêmico, sendo o município de Cuiabá o mais acometido pela doença (FREITAS, 2015). Uma das ações recomendadas para o enfrentamento da doença é a educação em saúde, que por meio de oficinas educativas, proporciona melhora do conhecimento acerca da doença, permitindo a aproximação com a temática, pouco difundida na sociedade, garantindo espaço para discussão do estigma e preconceito.Objetivo:relatar a experiência na realização de oficinas educativas sobre hanseníase na escola. Metodologia:trata-se de um relato de experiência de docentes e discentes da Faculdade de Enfermagem da Universidade Federal de Mato Grosso, membros do projeto de extensão PROHANSEN: Projeto de combate à hanseníase em menores de quinze anos em Cuiabá, MT. Resultados:As oficinas educativas foram realizadas até o momento em uma escola estadual de Cuiabá, MT, com subgrupos de seis adolescentes por oficina, que aceitaram participar e que tiveram autorização dos pais ou responsáveis, totalizando até o momento 74 sujeitos. A mesma foi desenvolvida por meio de um roteiro de 2 horas, que aborda o conceito da hanseníase, os medos, as dúvidas, os sentimentos, a classificação, os sinais e sintomas, a transmissão, o diagnóstico e o tratamento. Foram empregados como recursos: técnica de dinâmica do quebra-gelo, da face, do semáforo, do verdadeiro ou falso e do feedback(técnica do mosaico). Os adolescentes participaram da oficina trazendo suas experiências e percepções sobre a doença, medos, conhecimentos e questionamentos sobre suas dúvidas. Os relatos foram positivos, demonstrando o interesse dos estudantes pela temática e melhora no conhecimento expresso ao longo da oficina. Conclusão: Essas oficinas proporcionaram as docentes e discentes a compreensão sobre a percepção e o conhecimento dos adolescentes sobre a hanseníase e sobre o método de trabalho, que abrange o adolescente em sua singularidade, promovendo a sua emancipação no campo da hanseníase.