Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
ATENÇÃO À CRIANÇA NO ESPECTRO DO AUTISMO: CONEXÕES COM AS POLÍTICAS PÚBLICAS E COM O CUIDADO DE ENFERMAGEM
Relatoria:
JAIANE DE MELO VILANOVA
Autores:
- Francidalma Soares Sousa Carvalho Filha
- Ava Fabian dos Anjos Lima
- Lívia Maria Mello Viana
- Rosângela Nunes Almeida da Silva
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Monografia
Resumo:
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por desvios qualitativos na comunicação, na interação social e no uso da imaginação, que provoca comportamentos obsessivos e ritualísticos, além de dificuldade na aceitação a mudanças. Este estudo teve como objetivo analisar a atenção ofertada por cuidadores informais à criança que está no Transtorno do Espectro Autista, fazendo uma interlocução com as Políticas Públicas de Saúde vigentes e com o papel do(a) enfermeiro(a) na dispensação do cuidado. Tratou-se de uma pesquisa avaliativa, descritiva e exploratória com abordagem qualitativa. O cenário de investigação foi a cidade de Caxias, utilizou-se como campo de pesquisa a Associação de Amigos do Autista; a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais e o Centro de Atenção Psicossocial infantil, os três localizados no referido município. O instrumento de coleta de dados foi uma entrevista aplicada a cuidadores informais de crianças que estão no espectro autista. Os principais resultados revelaram que a maioria dos entrevistados percebem como satisfatória a qualidade de vida das crianças. Identificou-se ainda que poucos cuidadores possuem um conceito formado sobre o TEA e que outros definem o autismo de acordo com as experiências e traços desenvolvidos pelas crianças, não citando todas as características da síndrome. No que se refere aos comportamentos da criança que mais causam incomodo, percebeu-se que birras, nervosismo, autoagressão e hiperatividade, são comuns a maioria dos interlocutores. E, quanto a atuação do enfermeiro, perceberam-se limitações na oferta do cuidado, que, de modo geral é condicionada a orientações simples, quando ocorre alguma procura pelos cuidadores, principalmente na Atenção Básica. Por fim, concluiu-se que mesmo o Transtorno do Espectro Autista sendo tão complexo e por vezes aqueles que a possui sofra com preconceito, os pais/cuidadores dessas crianças acreditam que os mesmos podem ter boa qualidade de vida e desenvolver comportamentos comuns a todas as crianças e que o(a) enfermeiro(a) pode promover um cuidado individualizado, observando as reais necessidades e apontando oportunidades de inclusão que favoreçam a socialização e a qualidade de vida de tais pessoas.