No Brasil, o câncer de próstata é um grave problema de saúde pública e segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA), as altas taxas de incidência e de mortalidade fazem dessa neoplasia a segunda mais comum entre a população masculina. Uma das formas de rastreamento é o exame de toque retal, que apesar de detectar precocemente a doença, acirra o imaginário masculino, sendo interpretado como uma afronta à masculinidade, o que pode influenciar na adesão ao exame, (Romeu Gomes 2015). O presente estudo descreve os principais fatores que impedem os homens de realizarem o exame de toque retal. O percurso metodológico foi realizado através de dados mediante ao acesso as bases de informações do Scientific Eletronic Library Online (Scielo), LILACS, nos anos de 2014 e 2015. Um dos principais meios de prevenção do câncer de próstata é o exame do toque retal, que apesar de fundamental para detecção precoce dessa neoplasia, faz com que muitos homens o rejeite, devido fatores como a desinformação, medo, constrangimento e pensamentos machistas. A falta de vínculo e de acolhimento por parte das unidades de saúde pode levar ao afastamento desses homens que descuidam da sua saúde, incluindo a não realização do exame do toque retal, por ausência de informações necessárias em relação á prevenção do câncer de próstata. Outra causa é o medo de constatação de câncer através do exame, pois os homens já o associam à morte, e por isso preferem não saber e temem a dor física e mental que o exame possa causar, por ferir a masculinidade. Além de ser um local tido como “interdito”, ou seja, para os homens é um local que não deve ser penetrado, e se penetrado, é tido como uma violação a masculinidade, por associarem o exame do toque retal ao ato sexual, (Bacelar Junior 2014). Concluímos relativamente que é uma medida preventiva de baixo custo. No entanto, é um procedimento que mexe com o imaginário masculino, a ponto de afastar inúmeros homens da prevenção do câncer de próstata. Pois a detecção precoce é uma das formas de diminuir o número de casos dessa neoplasia, (Márcio Augusto 2015).