A Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é um setor cujo cuidado prestado é bastante delicado, uma vez que os pacientes estão todos em situação de fragilidade e, muitas vezes, totalmente dependentes dos cuidados profissionais. Dessa forma, por ser um ambiente insalubre, cujos pacientes estão bastante graves o cuidado tende a ser prioritariamente voltado para a recuperação somática do paciente, ficando seu lado emocional ‘esquecido’ ou ignorado diante das patologias somáticas que o acometem. Tendo isso em vista, este objetivou conhecer que publicações têm sido divulgadas, na área da enfermagem, a cerca da humanização em Unidade de Terapia Intensiva. Constitui-se em uma revisão literária narrativa cujos dados foram coletados nas bases de dados LILACS e BDENF, com recorte temporal entre 2000 a 2009. Após leitura do material foi realizada categorização e discussão dos dados. Os resultados evidenciam que quatro temas são destacados com maior relevância na produção científica: o ambiente da Unidade de Terapia Intensiva; uso de tecnologias em detrimento do cuidado; o trabalhador como protagonista da humanização em UTI; dificuldades vivenciadas pela equipe de enfermagem para implementar a humanização na UTI. A humanização é apontada como forma de resgatar a dignidade humana, mas somente será realidade se for compreendida sua real importância e os profissionais se sentirem protagonistas desse processo na UTI.