INTRODUÇÃO: A doença renal crônica (DRC) é caracterizada pela falência progressiva e permanente das funções renais, podendo ocorrer de maneira lenta ou rápida, bem como possuir inúmeras etiologias prováveis. A DRC pode ser controlada, no entanto, é ainda responsável por altas taxas de morbimortalidade. Seu tratamento pode ocorrer em nível ambulatorial ou atrás de hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. A escolha do tratamento ocorre de maneira individualizada uma vez que o aspecto socioeconômico do paciente, bem como seu nível de instrução e capacidade de aprender são considerados para ofertar o tratamento adequado. No entanto, como muitos já iniciam em urgência dialítica, a hemodiálise acaba sendo o tratamento massivamente escolhido. Tendo em vista que a hemodiálise possui um regime rígido de dias e horários a serem cumpridos pelos portadores de doença renal crônica, esta pesquisa é focada nos impactos socioeconômicos e pessoais que essa modalidade de tratamento possui na vida do portador de DRC. OBJETIVO: perceber as principais adequações realizadas pelos portadores de DRC, bem como os impactos pessoais oriundos dessas mudanças. METODOLOGIA: para atender ao objetivo de pesquisa foi realizada revisão literária narrativa. ANÁLISE: o tratamento mais comum aos doentes renais crônicos foi a hemodiálise, uma vez que a maior parte não fazia tratamento ambulatorial, pois desconheciam a patologia de base; Como maior índice de morbidade resultante em lesão renal crônica surgiu hipertensão arterial sistêmica primária e a diabetes mellitus; Outra característica notória foi a insatisfação com a rigidez do tratamento, havia o descontentamento com os horários e dias pré-estabelecidos incapacitando os doentes de exercer uma atividade remunerada que, por sua vez, implica muitas vezes na diminuição da renda familiar. CONCLUSÃO: ficou clara que a hemodiálise causa grande impacto na vida socioeconômica do portador de doença renal crônica, uma vez que toda sua rotina e cotidiano são modificados de acordo com a disponibilidade de vagas e horários da clínica onde este fará o tratamento. Outra característica clara foi a perca de sua identidade social enquanto trabalhador, pois a maior parte dos pacientes acaba por se aposentar. Todas essas mudanças podem influenciar negativamente na qualidade de vida desses doentes, pois são muitas adaptações de cunho permanente em um tempo pequeno.