INTRODUÇÃO: A hanseníase é uma doença infectocontagiosa mais antiga já descrita, tendo como agente etiológico o Mycobacterium leprae também conhecido como bacilo de Hans. Sua transmissão ocorre de forma direta através das vias aéreas, é uma patologia que se caracteriza por alterações cutâneas (manchas) e de nervos periféricos, que podem evoluir para deformidades. OBJETIVO: Analisar a prevalência de hanseníase em homens e mulheres do município de Tangará da Serra nos anos de 2007 à 2015. METODOLOGIA: Trata-se e um estudo transversal, com coleta de dados secundários das Fichas de Notificação do município, sobre os casos totais de Hanseníase segregados por gênero para analise, os dados foram demonstrados em frequência absoluta. RESULTADOS: Numa análise dos casos de Hanseníase nos últimos nove anos destacam-se inicialmente por uma diminuição gradativa dos índices, com oscilação nos últimos três anos. Sendo que em 2007 obteve-se 47,5% (117) e 54,2% (129) de casos femininos (F) e masculinos (M) consecutivamente, totalizando 246 casos. Já em 2008, houve 235 casos sendo 46,8% F e 53,1% M; em 2009 o número total caiu cerca de 50% atingindo 118 casos, sugerindo uma melhora na atenção de saúde desta patologia, ou da procura por tratamento da população por estarem mais informados, quanto ao gênero foram 51,6% F e 48,3% M. O ano de 2010 foi o de menor índice com 83 casos, sendo 40,9% F e 59% M; em 2011 notificou-se 100 casos, 36% F e 64% M; Enquanto em 2012, totalizou 93 casos, 30,1% F e 69,8% M; 2013 seguiu-se com um aumento dos índices somando 126 casos, com 44,4% F e 55,5% M; em 2014 houve 117 casos, marcando novamente um decréscimo onde 40,1% F e 59,85% M e finalmente em 2015 foram notificado 96 casos, sendo 45,8% F e 54,1% M. Nota-se uma manutenção do numero total de casos nos últimos seis anos com tendência para a diminuição contínua de casos, e em relação ao gênero, em todo esse período, excluindo o ano de 2009, os homens foram os mais acometidos. CONCLUSÃO: Nos últimos anos foram-se notificados 1214 casos de Hanseníase, destes 681 foram homens e 533 mulheres. Estes números mostram os altos índices da patologia, e coloca os homens em um estado de mais suscetibilidade, tais dados possibilitaram ainda constatar o enquadramento de região hiperendemica pelo MS, evidenciando assim a necessidade de novas estratégicas para alteração deste quadro.