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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
MEDICALIZAÇÃO DO CORPO ENVELHECIDO
Relatoria:
JULIANA FERNANDES CABRAL
Autores:
  • Adila de Queiroz Neves
  • Grasiele Cristina Lucietto
  • Rondinele Amaral da Silva
  • Ageo Mário Cândido da Silva
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Relato de experiência
Resumo:
INTRODUÇÃO: No século XVIII com o nascimento da medicina moderna se inicia a intervenção médica na vida das pessoas, assim, profissionais da saúde e educadores, se tornaram especialistas a quem as pessoas deveriam recorrer para buscar soluções de seus males. Questões cotidianas como sexualidade, degradação biológica, envelhecimento, solidão e morte, são tratados sob a égide da medicina. OBJETIVO: Caracterizar a produção científica sobre a medicalização do envelhecimento. METODOLOGIA: Revisão integrativa da literatura, através da análise documental e bibliográfica. Para o levantamento dos artigos na literatura, realizou-se uma busca nas seguintes bases de dados indexadas no SciELO (Scientific Electronic Library Online) e MEDLINE, com uso de texto completo nos idiomas português, inglês e espanhol; além, da utilização de dissertações, teses, e análise documental de capítulos de livros. RESULTADOS: Medicalização é quando um problema passa a ser definido em termos médicos, descrito a partir da linguagem médica, entendido através da racionalidade médica, e tratado por intervenções médicas. As regras de normatização do corpo e a medicalização no envelhecimento estão cada vez mais notórias, pela transição demográfica, infelizmente o envelhecer tem sido tratado como questão patológica. Ao se perceber envelhecendo, o indivíduo, se transforma num desejoso consumidor de terapias. A medicalização do envelhecimento é uma das consequências das percepções distorcidas, onde dor e sofrimento não são aceitáveis. As revistas de publicidade e marketing das indústrias farmacêuticas vendem uma ideia de vida sempre jovem com a utilização dos produtos “antienvelhecimento”, uma ilusão de “juventude eterna”. Nas narrativas da maioria dos idosos consta que suas práticas terapêuticas são influenciadas por um processo de medicalização do corpo e da velhice, além do mercado da saúde. CONCLUSÃO: a população está envelhecendo, consequentemente, as ações para “desacelerar”, diagnosticar precocemente, prevenir o envelhecimento “patológico”, tem se intensificado. A mídia, a indústria da saúde, os próprios profissionais da saúde que prescrevem modos de “andar a vida”, são os principais responsáveis pela medicalização desenfreada. REFERÊNCIA: GAUDENZI P, ORTEGA F. O estatuto da medicalização e as interpretações de Ivan Illich e Michel Foucault como ferramentas conceituais para o estudo da desmedicalização. Interface - Comunic., Saude, Educ. 2012; 16(40): 21-34.