Introdução: O diabete associado à gravidez pode ser classificado como diabetes mellitus gestacional, e diabetes pré-gestacional, caracterizado pelo diabetes tipo 1, 2, e overt diabetes. Estudos apontam que as complicações mais frequentes na gestação associada ao diabetes para a saúde da mulher são as infecções do trato urinário, vaginal, pré-eclâmpsia e cesariana. No neonato os problemas mais incidentes são: prematuridade, síndrome da angustia respiratória, hipoglicemia, macrossomia e morte perinatal. Cabe ressaltar que os desfechos adversos maternos, fetais e neonatais aumentam com a elevação da glicemia materna e como consequência período maior de hospitalização. Objetivo: Descrever as características das gestantes com diabetes e seus recém-nascidos que foram internadas em um hospital universitário. Método: Trata-se de um estudo quantitativo, transversal e caráter descritivo, realizado em um hospital universitário de Cuiabá-MT no ano de 2015, onde são atendidas gestantes de alto risco. As variáveis maternas estudadas foram: idade, tipo de tratamento, tipo de parto; as variáveis consideradas para os recém-nascidos foram: classificação peso x idade gestacional, classificação segundo idade gestacional, local de encaminhamento pós-nascimento e complicações ao nascimento. Resultados: Esse estudo revelou que a idade materna mais prevalente ficou acima de 25 anos, o tratamento mais utilizado foi a dietoterapia, o tipo de parto predominante foi à cesariana. Considerando os recém-nascidos, a maioria era adequado para a idade gestacional e foram encaminhados ao alojamento conjunto após o nascimento. As complicações mais encontradas foram: síndrome do desconforto respiratório, hipoglicemia, macrossomia, hiperbilirrubinemia e prematuridade. Conclusão: O diabetes associado à gravidez se bem controlado pode minimizar os problemas materno-neonatais, mas apesar do hospital em questão ser referência para esses casos, ainda devem-se envidar investimentos no sentido de reduzirem-se os partos operatórios, as complicações neonatais e a necessidade dos recém-nascidos terem que ser assistidos em unidades de tratamento intensivo ou intermediários, afastando-os de suas mães e retardando o início da amamentação.