Os Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) são compostos por diferentes frações geradas nos estabelecimentos de saúde, compreendendo desde os materiais perfuro-cortantes contaminados com agentes biológicos, peças anatômicas, produtos químicos tóxicos e materiais perigosos como solventes, quimioterápicos, vidros vazios, papelão, papel de escritório, plásticos e restos de alimentos. Este estudo tem por objetivo apresentar os impactos ambientais causados pelos RSS. O percurso metodológico foi a busca em bases de dados de artigos publicados na Scientific Eletronic Library Online (SCIELO), LILACS nos anos 1991 a 2015. O aumento da produção de RSS tem se constituído em uma preocupação nos hospitais brasileiros. Dados indicam que são coletadas diariamente cerca 228.413 toneladas de resíduos no Brasil. Em geral, estima-se que 1% desse total corresponda aos RSS, aproximadamente 2.300 toneladas diárias. Os microrganismos presentes nos RSS não tratados, são potentes fontes de contaminação da saúde humana e ambiental, sendo eles: Coliformes, Salmonella typhi, Streptococcus e Candida albicans, uma vez que sobrevivem por tempo considerável no interior do lixo hospitalar. Alguns municípios utilizam os lixões como destinação final de seus resíduos, os mesmos constituem-se ambientes insalubres, e facilitam a contaminação de rios e outros corpos d’água pelo liquido percolado dos RSS, a proliferação de insetos vetores, a contaminação direta dos catadores de lixo, e outras tragédias ambientais, principalmente no período chuvoso. Os produtos gerados pela decomposição dos resíduos resultam na produção de gases como o metano (CH4), dióxido de carbono (CO2), nitrogênio (N2), juntamente com o resíduo mineralizado e o resíduo gerado pela decomposição biológica, que, ao serem dispostos no solo, podem atingir o lençol freático e cursos de água, e levar à supressão da vegetação. O meio ambiente e a população sofrem, devido a exposição aos riscos biológicos RSS, quando eles estão mal acondicionados, sem tratamento prévio e/ou tenham um destino final inadequado. Portanto, as medidas adequadas de manejo dos RSS contribuem em muito para a preservação da saúde ambiental e humana, uma vez que a segregação dos RSS no momento e local de sua geração, permite reduzir o volume de resíduos perigosos e a incidência de acidentes ocupacionais dentre outros benefícios à saúde pública e ao meio ambiente.