Introdução: Este estudo procura conhecer as atribuições formalmente atribuídas ao enfermeiro assistencial nos serviços de enfermagem hospitalar. De posse dessas, buscamos averiguar em que medida as atividades ali explicitadas se relacionam com a gerencia e assistência nos afazeres desse profissional. Objetivos: Indicar a natureza do trabalho do enfermeiro assistencial pela análise do conteúdo das atribuições formais determinadas pelos Serviços de Enfermagem em três grandes hospitais de referência localizados em Campo Grande - MS, Brasil. Metodologia: Estudo descritivo de abordagem qualitativa. A técnica da análise documental foi utilizada para proceder à coleta de dados e a análise temática para interpretação das atribuições dos enfermeiros e a partir dessa análise, indicar a natureza das atividades desenvolvidas pelos enfermeiros. Foi possível eleger duas categorias: atribuições da dimensão assistencial aquelas que se referem a procedimentos técnicos e contato direto com o cliente e sua família, relacionados ao cuidado e assistência. As atribuições da dimensão gerencial aquelas de elaboração de escalas, remanejamento de pessoal, dimensionamento de materiais e equipamentos e gerenciamento de recursos físicos e ambientais e o gerenciamento de conflitos. Resultados: As atividades designadas para os enfermeiros constam de 33 itens em duas das instituições e a outra de 24 itens. O resultado da análise do conteúdo dessas atribuições demonstra que em duas instituições há um equilíbrio das dimensões gerencia/assistência na prática do enfermeiro assistencial e na outra há um predomínio dos afazeres relacionados a gerencia. O fato de duas instituições terem apresentado equilíbrio das duas dimensões já sinaliza uma nova tendência no direcionamento das atividades do enfermeiro para a prática assistencial, demonstrando adesão aos novos modelos assistenciais e alinhamento às diretrizes do SUS quando propõe a integralidade do cuidado. Conclusão: As instituições precisam abraçar as mudanças nos processos organizacionais, assim como adesão aos novos desenhos nos cargos e funções dos profissionais de saúde. REFERÊNCIA: LIMA, R. S. et al. Representação da prática gerencial do enfermeiro na unidade de internação: perspectiva da equipe de enfermagem. Rev Gaúcha Enferm, v.37, n.1, mar/2016, p. 1-7.