As Neoplasias Malignas são uma das principais causas de morte no mundo e a terceira causa de morte na população masculina. Esses agravos estão relacionados ao perfil de comportamento da população masculina. Os homens são especialmente acometidos, pois sofrem influencias de construções sociais ligadas ao conceito de masculinidade hegemônica, que repercutem negativamente no autocuidado masculino. Nesse sentido, conhecer o perfil dessa população é necessário para definição de ações para o enfrentamento do problema, especialmente na atenção primária a saúde, espaço privilegiado para a promoção e prevenção a saúde, com especial enfoque para o enfermeiro, profissional referência deste serviço. Este trabalho teve como objetivo descrever o perfil sociodemografico da mortalidade masculina por Neoplasias Malignas do Sistema Respiratório em Cuiabá-MT no período de 2002-2012. Pesquisa quantitativa de caráter descritivo a partir de dados secundários obtidos pelo Sistema de Mortalidade, da qual foram coletados dados de homens com idade entre 20 a 59 anos que foram a óbito entre os anos de 2002 a 2012. Foram selecionados os óbitos classificados como causa básica as neoplasias malignas do Sistema Respiratório, CID 10 (C00 a C97). No período estudado foram analisados 814 óbitos por neoplasias malignas. Dentre essas mortes a maior prevalência ocorreu pelas neoplasias localizadas no pulmão, traqueia e brônquios (14,4%). O perfil dos óbitos por esses agravos foi composto por homens com idade entre 50 a 59 anos (69,2%), raça e cor parda (57,3%); casados (51,3%) e com 8 a 11 anos de estudo (32,5%). Os resultados denunciam a necessidade de maior investimento na capacitação dos profissionais da atenção primária à saúde, em especial os enfermeiros para que desempenhem em ações de promoção a saúde e prevenção a estes agravos conforme preconiza a Política Nacional de Atenção Integral a Saúde do Homem (PNAISH). REFERÊNCIA: NAKASHIMA, J.P. et al. Tendência da mortalidade por neoplasias malignas selecionadas em Rio Branco, Acre, Brasil, 1980-2006. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, V. 27 n.6 p.1165-1174, jun, 2011.