Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
CUIDADOS HUMANIZADOS NA ASSISTÊNCIA AO PARTO: O USO DE TECNOLOGIAS NÃO INVASIVAS
Relatoria:
RENATA MARIEN KNUPP MEDEIROS
Autores:
- Aline Spanevello Alvares
- Ana Beatriz Nicolini
- Renata Cristina Teixeira
- Áurea Christina de Paula Correa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Humanizar a assistência ao parto é oferecer maior conforto, segurança, autonomia e apoio à mulher, com objetivo de reduzir o uso abusivo de fármacos e procedimentos invasivos sem indicações clínicas. Cabe aos profissionais de saúde respeitar a fisiologia do parto, basear suas práticas em evidências científicas e desenvolver um cuidado que proporcione o protagonismo, o conforto e a satisfação da mulher. Neste sentido, incentiva-se o uso das tecnologias não invasivas de cuidado por diminuir a sensação dolorosa, estresse e ansiedade, fazendo com que a experiência do parto seja mais agradável e saudável para o binômio mãe-filho. Este estudo objetivou descrever o uso das tecnologias não invasivas de cuidado no processo parturitivo em um hospital de ensino. Estudo transversal, realizado em uma unidade de Pré-parto/ Parto/Pós-parto (PPP) de um hospital de ensino. A amostra foi composta por 701 partos normais ocorridos entre os anos de 2014 e 2016. Os dados coletados foram processados e analisados no programa Epi Info versão 7. A maioria das parturientes utilizou alguma tecnologia não invasivas de cuidado (83%), em 76,3% dos casos os métodos foram empregados de forma associada, sendo que os mais recorrentes foram os indicados para o alívio da dor e relaxamento, como o banho (58,2%) e a deambulação (47,1%); seguidas das práticas utilizadas para favorecer a progressão fetal, como os exercícios com a bola suíça (54,6%) e o agachamento (8,8%). Poucas parturientes fizeram uso do banco obstétrico (2,6%) e do escalda-pés (0,4%). As estratégias empregadas tratam-se de práticas de baixo custo que podem ser ofertadas pelos serviços de saúde e apresentam grande impacto na qualidade do cuidado, principalmente por substituírem o uso de medicações anestésicas e analgésicas. As primigestas e mulheres com até 30 anos foram as que mais acessaram as tecnologias não invasivas. Conclui-se que a utilização destas estratégias, diminuiu a dor do processo parturitivo, o estresse e a ansiedade, além de gerar bons resultados perinatais. Dessa forma, o profissional deve estimular a parturiente a adotar uma atitude ativa, oferecendo-lhe alternativas e medidas de conforto por meio do uso de métodos não farmacológicos. Referência: PINHEIRO, B.C.; BITTAR, C.M.L. Expectativas, percepções e experiências sobre o parto normal: relato de um grupo de mulheres. Fractal, Rev. Psicol., v.25, p.585-602, 2013.