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Anais - 19º CBCENF

Resumo

Título:
RELAÇÃO ENTRE A POSIÇÃO DE PARTO VAGINAL E A INTEGRIDADE PERINEAL
Relatoria:
RENATA MARIEN KNUPP MEDEIROS
Autores:
  • Ana Beatriz Nicolini
  • Aline Spanevello Alvares
  • Renata Cristina Teixeira
  • Áurea Christina de Paula Correa
Modalidade:
Comunicação coordenada
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
O risco de ocorrência de trauma perineal durante o parto vaginal envolve múltiplos fatores obstétricos e neonatais. Alguns deles são decorrentes de intervenções tais como, fórceps, ocitocina e episiotomia, outros, porém, não são passíveis de influência profissional, como o peso aumentado do recém-nascido e a nuliparidade. Dentre as condutas modificáveis, discute-se a posição adotada para o parto. Sabe-se que a posição vertical diminui o tempo do período expulsivo, proporciona melhor oxigenação fetal e maior conforto às parturientes. Assim, o objetivo deste estudo foi associar a posição adotada pela mulher durante o parto vaginal com a integridade perineal. Realizou-se um estudo transversal, a partir da análise de 701 partos vaginais assistidos em uma unidade Pré-parto/Parto/Pós-parto (PPP) de um hospital de ensino de Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2014 a 2016. Os dados foram organizados e posteriormente analisados no Epi Info versão 7. A opção pela posição vertical predominou (70,4%) em detrimento das posições horizontais, dentre estas, houve predomínio da semi-sentada (44,2%). Estes resultados podem estar relacionados ao baixo índice de episiotomia encontrado no estudo (8,8%). Dentre as parturientes que tiveram parto vertical, 66,7% apresentou algum tipo de traumatismo perineal, sendo esse índice inferior entre as que optaram pelo parto horizontal (59%). As lacerações perineais espontâneas mais frequentes nos partos verticais foram as de segundo (40,3%) e primeiro (24,2%) graus. A ocorrência de traumas de quarto grau esteve relacionada ao parto horizontal apenas. O atendimento realizado na instituição estudada oportunizou a adoção de posições verticais para o parto, evidenciando uma atitude menos intervencionista dos profissionais. Embora houvesse discreto aumento na ocorrência de lacerações perineais de primeiro e segundo graus nos partos verticalizados, lacerações mais graves estiveram relacionadas aos partos horizontais. É preciso considerar os diversos benefícios decorrentes da posição vertical, portanto, recomenda-se que a mulher deva ser encorajada a fazer escolhas informadas sobre a posição de parto que deseja assumir. Referência: BARACHO, Sabrina Mattos et al. Influência da posição de parto vaginal nas variáveis obstétricas e neonatais de mulheres primíparas. Rev. Bras. Saúde Mater. Infant, Rio de Janeiro, v.9, n.4, p.409-414, dez. 2009.