Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
REDE DE ATENÇÃO PSICOSSOCIAL DO MUNICÍPIO DE CUIABÁ-MT: AÇÕES PARA SUA EFETIVAÇÃO
Relatoria:
CARLOS GABRIEL RIBEIRO FERNANDES
Autores:
- DANIELLY DE OLIVEIRA
- CARLA GABRIELA WUNSCH
- IGOR LELES LIMA
- MAYRA AUREA GUIA DA SILVA EUGENIO
Modalidade:
Pôster
Área:
Educação, Gestão e Política
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
Introdução: A atenção à saúde mental no Brasil nos últimos anos vem passando por transformações devido a Reforma Psiquiátrica. O cuidado que se realizava de forma fragmentada, passou a ser voltado para a construção da autonomia e cidadania dos usuários e da família, por meio de uma rede de atenção psicossocial (RASP) com diferentes dispositivos de atenção à saúde mental. Além disso, destaca-se a importância que as ações na assistência em saúde mental, sejam executadas de forma a se distanciarem das práticas segregadoras e excludentes. Objetivo: Analisar às ações voltadas à saúde mental realizadas por profissionais da atenção à saúde pública de Cuiabá-MT, para a efetivação da RAPS. Metodologia: Pesquisa de abordagem qualitativa, realizada em dois Centro de Atenção Psicossocial, duas Unidades Básicas de Saúde, uma Unidade de Pronto Atendimentos e o um hospital e Pronto Socorro Municipal. Os sujeitos foram dois profissionais de cada serviço, sendo um gerente e um profissional da assistência, totalizando 12 entrevistas, realizadas no período de Junho a Julho de 2015. Os resultados foram apresentados nas categorias “Ações realizadas pelos profissionais para efetivação da RAPS” e “Interações entre as unidades e obstáculos para realização do trabalho em rede”. A pesquisa tem aprovação do Comitê de Ética do Hospital Universitário Júlio Muller sob protocolo 638.338/14. Discussão: Os resultados mostraram que as ações desenvolvidas nos serviços estudados, de atendimento do município de Cuiabá, ficam restritas a encaminhamentos e entrega de medicamentos, pautando o trabalho no modelo biomédico e hospitalocêntrico, não havendo articulação dos serviços preconizados pela RAPS, que propõe a estruturação de uma rede articulada que abarquem as diferentes necessidades da pessoa em sofrimento psíquico, especialmente nos momentos de crise. Essa desarticulação demonstra um despreparo dos profissionais para lidar com pessoas em sofrimento psíquico e trabalhar com o sistema de redes, transformando as ações em um atendimento mecanizado, em que o paciente circula entre os serviços sem compartilharem a responsabilidade do cuidado eximindo-se do protagonismo do caso e atribuindo essa responsabilidade a outro serviço. Conclusão: As ações voltadas à saúde mental ficam restritas a encaminhamentos e entrega de medicações. Enquanto que a interação entre as unidades é caracterizado por tramas frágeis, muitas vezes com base na amizade entre os funcionários dos diferentes serviços.