O autismo é uma situação neurológica que compromete a capacidade de comunicação e interação social do individuo sem causa específica conhecida, mas com influência genética somada as causas externas. A vida de uma família é um longo ciclo de eventos desenvolvimentais que abrange diferentes gerações e vários contextos histórico-sócio-culturais. Assim, em nosso caso, ela constitui uma instituição social significativa, da qual se busca entender a interação e a dinâmica frente ao autismo. E tem como objetivo compreender a relação da família e das mães com os filhos autistas. Para a elaboração deste trabalho foi realizado um levantamento bibliográfico, na qual foram consultados Manuais Técnicos do Ministério da Saúde e da Sociedade Brasileira de autismo e realizada uma busca nas principais bases de dados: Portal Bireme através dos Bancos de dados Lilacs, Scielo, Medline e Revistas Brasileiras de autismo.A família que possui um filho autista vivência uma experiência desafiadora. Para se adaptar às limitações e necessidades específicas da criança com autismo, a família necessita de constantes mudanças na sua rotina diária, principalmente as mães, que renunciam à carreira profissional, à vida social e às relações afetivas em prol dos cuidados maternos. É possível observar o surgimento de sentimentos negativo como incerteza, tristeza e desamparo. Diante disso, estudos evidenciam a presença de estresse em famílias de portadores de autismo, os quais também enfatizam uma sobrecarga de tarefas e exigências especiais que podem suscitar situações estressantes devido ao tempo e energia que são necessários para dar conta da sobrecarga de cuidados exigidos pela situação. As famílias de crianças com autismo dedicam a vida aos cuidados com o filho, se colocando em situações estressantes e, contudo os deixando sobrecarregados. A vivência da maternidade é uma experiência difícil para a mãe com filho autista, já que envolve maiores cuidados e responsabilidades para estas do que para os demais membros da família.