INTRODUÇÃO: A reabilitação é um processo que vai além da recuperação de funções perdidas ou alteradas e tem como meta a máxima independência possível e o gerenciamento do autocuidado, sendo indispensáveis ao resgate das capacidades do lesionado medular, tanto às suas funções orgânicas quanto motoras (JARDIM; NASCIMENTO, 2010). Nesse contexto, o enfermeiro desenvolve um plano de cuidados destinados a facilitar a reabilitação, restaurar e manter níveis saudáveis de vida a fim de evitar complicações (JARDIM; NASCIMENTO, 2010). OBJETIVO: Relatar a percepção do Residente quanto à importância da atuação de Enfermagem na reabilitação do paciente com lesão medular. METODOLOGIA: Trata-se de um relato de experiência da Residência Multiprofissional em Saúde do Programa Neurofuncional do Hospital Universitário Getúlio Vargas vivenciado no campo de prática do Programa de Atividades Motoras para Deficientes (PROAMDE), no período de julho a setembro de 2016. O PROAMDE é multidisciplinar e a equipe é composta por professor de educação física, assistente social, enfermeira, psicólogo, fisioterapeuta e pedagogo. RESULTADOS: A Enfermagem no PROAMDE segue um Protocolo de Atendimento e tem como finalidade proporcionar aos pacientes com sequelas de lesão medular e seus familiares, conhecimento teórico-prático de todos os aspectos relacionados a essa nova condição, visando também diminuir o tempo entre a aquisição da deficiência e o conhecimento de suas potencialidades remanescentes. Atua, essencialmente, na conscientização sobre a lesão medular, tendo conhecimento sobre os déficits funcionais devido ao nível da lesão e a prevenção das complicações potenciais; orientações quanto à higiene e cuidados com a pele, enfatizando a prevenção das úlceras por pressão; orientações sobre as medidas essenciais para prevenir a constipação e infecção urinária. O aluno/paciente precisa ter autonomia e domínio da técnica de cateterismo vesical de alívio, sendo imprescindível o acompanhamento da enfermagem durante o processo. CONCLUSÃO: Conclui-se, portanto, que a enfermagem tem papel fundamental na reabilitação do paciente com lesão medular voltada à prevenção de complicações que podem gerar incapacidades promovendo a vivencia com dependência mínima, adaptando-se às novas condições de vida diante da deficiência, preparando o paciente para uma vida social e familiar da melhor maneira possível com qualidade. Além de buscar promover a socialização, bem-estar e melhora da autoestima.