INTRODUÇÃO: A tuberculose é uma doença infecciosa e crônica, que se constitui como um grande problema de saúde pública nos países em desenvolvimento. Trata- se de uma doença negligenciada, e relacionada a diversas causas, como a pobreza e desigualdade social, negligência e/ou inadequação do diagnóstico e doenças infecciosas associadas. Nesse sentido a Atenção Básica disponibiliza de meios de diagnósticos e um tratamento farmacológico adequado. OBJETIVO: Refletir sobre as complexidades que a Atenção Básica possui em relação ao manejo da Tuberculose (TB). METODOLOGIA: Trata-se de uma reflexão teórica realizada com base na literatura produzida sobre a temática. Utilizou-se as publicações disponíveis na base de dados da Biblioteca Virtual em Saúde (BVS) e Scientific Electronic Library Online (SCIELO). RESULTADOS: Estudos mostram que apesar dos esforços, à Atenção Básica não possui papel eficaz no controle eficaz da TB. As complexidades da AB no manejo da TB relacionam-se a diversas causas. Essa situação pode ser justificada pela falta ou complexidades na realização da baciloscopia e cultura de escarro, bem como a inadequação da infraestrutura do centro de saúde ou profissionais pouco capacitados para cuidá-los. Ressalta-se que o vínculo entre paciente e equipe de saúde é fundamental para o tratamento. Apesar do inicio do tratamento, o abandono é comum, sendo as possíveis causas fragilidade da interação entre equipe e paciente, a melhora clínica inicial, não dando importância ao término do tratamento, falta de informação sobre o processo saúde-adoecimento, efeitos adversos, uso de drogas, preconceito e falta de apoio familiar. O cuidar ainda envolve realizar visitas domiciliares, dar suporte emocional ao paciente, avaliar sua carga viral com realização de exames, além das atividades de educação em saúde. CONCLUSÃO: A Atenção Básica necessita de uma equipe preparada para realizar suspeição e diagnóstico dos casos. É necessário vínculo entre equipe e paciente para acompanhamento da terapêutica. Dessa forma, a inserção da equipe na comunidade tem papel relevante, pois a proximidade com a realidade ajuda no manejo da TB. REFERÊNCIAS:BRAGA, J. U. et al. Fatores associados ao abandono do tratamento da tuberculose nos serviços de atenção básica em dois municípios brasileiros, Manaus e Fortaleza, 2006 a 2008. Cad. Saúde Colet., v. 20, n. 2, p 225- 233, 2012. Tratamento Diretamente Observado (TDO) da Tuberculose da Atenção Básica. Ministério da Saúde, 2011.