Introdução:O distanciamento das qualificações profissionais, conhecimento insuficiente sobre a identificação da violência e os procedimentos para a sua notificação, tem sido destacado como possíveis entraves para o atendimento a situações de violência (FLAHERTY, SCHWARTZ, JONES, 2013; SILVA, LUNARDI, et al 2014). Nessa perspectiva, o estudo teve como Objetivo analisar a qualificação e a capacitação dos profissionais do setor saúde em relação à violência intrafamiliar contra crianças e adolescentes. Metodologia :Estudo exploratório, com abordagem qualitativa, vinculado a um projeto de pós-doutorado. Participaram da pesquisa dez coordenadores de seis serviços: Centro de Atenção Psicossocial Infanto-Juvenil; Estratégia de Saúde da Família; Núcleo de Apoio a Saúde da Família; Hospital Universitário; Unidade de Vigilância Epidemiológica; Secretaria Municipal de Saúde. A coleta de dados ocorreu por meio de entrevista semiestruturada e foi submetida a análise textual discursiva. Resultados :Os resultados mostram que a valorização da qualificação profissional no atendimento a situações de violência foi uma das ações julgada por parte dos entrevistados como importante, já que a tomada de decisão em relação ao diagnóstico, atendimento, notificação e encaminhamento da situação de violência parece estar fortemente relacionada ao saber do profissional sobre o seu dever de proteger a vítima, representado através da legislação, mas também como uma questão ética do profissional pela proteção da criança que está sob os seus cuidado. A falta de capacitações dos profissionais e gestores para o atendimento as crianças e adolescentes também é destacado como categoria deste estudo. Conclusão/implicações para a enfermagem:Assim, referem a necessidade da gestão municipal promover cursos de formação e capacitação para os profissionais da saúde, assim como a formação de um grupo de trabalho ou de assessoramento aos profissionais para o enfrentamento da problemática. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética sob o CAAE:49775415.8.0000.5324.