A epidemia da Aids passa por uma dinâmica constante e é difícil avaliar o grupo de vulnerabilidade. Este estudo objetiva levantar o perfil epidemiológico e social dos pacientes portadores do HIV que realizam tratamento e/ou acompanhamento no Serviço de Atendimento Especializado (SAE) de Sinop–MT. Trata-se de uma pesquisa exploratória, com abordagem quantitativa analítica, realizada com 36 sujeitos no período de fevereiro a agosto de 2013. Este foi o resultado obtido: 75% são do sexo feminino, 22% com idade entre 45 a 49 anos, 39% cor branca, 56% casado/união estável, 88% heterossexuais, 56% possuem ensino fundamental, 69% renda entre dois a três salários mínimos, e para 56% o que mais incomoda na doença é o preconceito, 97% contraíram o vírus sexualmente, 72% dos indivíduos usam TARV, 47% apresentam CD4 acima de 500 células/mm3 Temos atualmente algumas pesquisas em andamento sobre uma possível vacina ou cura para o HIV, porém ressaltamos que o problema não é apenas o vírus HIV por si só, mas o surgimento dele, deixa explicito em que tipo de sociedade vivemos, cheia de comportamentos ocultos e preconceitos antes encobertos. Não há vacina para uma sociedade preconceituosa e implacável, pois infelizmente a discriminação é o pior sintoma sofrido pelos portadores desta doença tão cruel.