Introdução: As mulheres são vítimas de agressões em suas próprias casas, por companheiros e familiares, independente das classes sociais, regiões, idades, estado civil, nível de escolaridade. A assistência de enfermagem às mulheres vítimas de violência doméstica deve ser planejada para promover a segurança, o acolhimento, o respeito e a satisfação das usuárias levando em conta suas necessidades individuais e coletivas. Objetivo: analisar as produções científicas sobre a violência contra à mulher e a atuação da enfermagem neste contexto. Metodologia: Trata-se de uma revisão integrativa, realizada nas bases de dados online, Biblioteca Virtual de Saúde (BVS), Scientific Electronic Library (SciELO) e Literatura Latino-Americana e do Caribe em Ciências da Saúde (LILACS), utilizando os descritores “Violência”, “Violência contra a Mulher”, “Enfermagem”. Foram selecionados artigos científicos cujo assunto abordasse a violência contra à mulher e a atuação da enfermagem, encontrados na íntegra, na língua portuguesa e publicados entre os anos de 2011 a 2015. Resultados: Foram analisados 24 artigos nacionais, dos quais 18 foram utilizados. Observou-se que a violência contra mulher ainda é algo presente na sociedade, atinge mulheres entre 18 a 39 anos, em idade reprodutiva, bonitas, casadas, pardas ou negras e dependentes financeiramente. Os profissionais de saúde têm papel fundamental nesse processo, pois cabe a eles identificar a agressão e tomar as medidas cabíveis, não deixando de lado o acolhimento apropriado a vítima. Apenas 10% da violência no Brasil é notificada e ocorre em sua maioria nas residências, estando os agressores na faixa etária de 30 a 39 anos, com baixa escolaridade, brancos, usuários de álcool/drogas e com antecedentes criminais. Conclusão: Mulheres vítimas de violência estão na faixa etária de 18 a 39 anos, prestando denúncia as mais esclarecidas. O acolhimento da vítima é fundamental para denúncia e o vínculo do primeiro contato paciente/profissional é fundamental. A violência predominante identificada foi a física seguida da psicológica, tendo como alvos a mulher jovem, bonita, portadora de alguma deficiência intelectual, dependente do marido ou que busca independência. Os agressores em sua maioria são homens parceiros ou ex-parceiros da vítima e o uso de álcool/drogas incita a violência. Referencias: DAHLBERG, L. L.; KRUG, E. G. Violência: um problema global de saúde pública. Ciência & Saúde Coletiva, ed. 11 p. 1163-1178, 2007.