INTRODUÇÃO: A universidade deve garantir a indissociabilidade entre seus três pilares fundamentais: Ensino, Pesquisa e Extensão. Nesta perspectiva, a partir da responsabilidade social das Universidades que é alocada na extensão universitária, o processo educativo, cultural e científico articula o Ensino e a Pesquisa de forma indissociável e viabiliza a relação transformadora entre a Universidade e a Sociedade. OBJETIVO: Conhecer a realidade dos projetos de extensão de uma Universidade pública do Ceará, por meio da implementação de oficinas influenciadas pela pedagogia de Paulo Freire. METODOLOGIA: Estudo exploratório-descritivo de abordagem qualitativa, do tipo pesquisa-ação, tendo Paulo Freire como marco teórico. O estudo foi desenvolvido com 11 discentes participantes de projetos de extensão do curso de Enfermagem de uma universidade pública do Ceará, Brasil, no período de agosto à dezembro de 2013. Para a coleta de informações utilizou-se a técnica do grupo focal. Em seguida realizaram-se duas oficinas influenciadas pelo referencial de Círculo de Cultura. Respeitaram-se os princípios éticos da Resolução 466/12, obtendo aquiescência favorável do Comitê de Ética e Pesquisa. RESULTADOS: A partir da investigação temática, realizada por meio do grupo focal, pôde-se conhecer o universo vocabular dos discentes de enfermagem, culminando nas seguintes categorias: conceito de extensão; motivações para participar dos projetos de extensão; atividades realizadas; e limitações para o desenvolvimento. Dessa forma, optou-se por problematizar nos Círculos de Cultura o sentido que os estudantes de enfermagem tinham de extensão, e a partir de então significar um conceito coletivo. CONCLUSÃO: É notável que, os Círculos de Cultura constituíram-se em um espaço de compartilhamento e integração, contribuindo assim, para o debate sobre extensão universitária e sua relação com a formação de enfermagem. Dessa forma, a enfermagem em sua prática assistencial influenciada pelas ideias freireanas contribui para a desconstrução de uma atitude verticalizada do cuidado em saúde, uma vez que o enfermeiro incorpora o usuário como protagonista do ato holístico de cuidar. REFERÊNCIAS: Ministério da Educação. Secretaria de Educação Superior. (1999). Plano Nacional de Extensão. Brasília, DF:Brasil.Freire, P. (1985). Extensão ou comunicação?(8a ed.). Rio de Janeiro: Paz e Terra.