A endometriose é caracterizada pela presença de tecido funcional semelhante ao endométrio localizado fora da cavidade uterina, comumente no peritônio pélvico, ovários e septo vaginal e, raramente no pericárdio, pleura e sistema nervoso central (NÁCUL,2010). Sua prevalência pode variar entre 5 e 15% nas mulheres no período reprodutivo e 3% na pós menopausa. uma patologia de contrastes clínicos, embora não seja malígna apresenta características devastadoras, afetando significativamente a vida da mulher, com influência negativa em sua vida afetiva, familiar e sexual. quadro clínico das pacientes com endometriose apresenta-se de forma distinta e, em alguns casos, pode ser assintomático, entre 3%e22% (BULUM SE, 2009). Em outros e mais frequentes casos, podem apresentar sintomas como dor pélvica crônica e dispareunia profunda, 56,8% e 54,7% dos casos respectivamente. A presente pesquisa teve como objetivo identificar o conhecimento e prática que os enfermeiros de um Município do Sudoeste do Paraná prestam a mulheres que apresentam sintomas suspeitos de endometriose. De caráter quantitativo, foi aplicado um questionário semiestruturado, contendo 11 questões objetivas de múltipla escolha, que foi entregue para 14 enfermeiros que exercem atividade laboral nas unidades de saúde da área urbana do município estudado. Verificou-se que 78,6% dos entrevistados são do sexo feminino e 35,7% possuem idade média entre 28 e 32 anos. A idade das mulheres que comparecem na unidade para atendimento é de 20 a 60 anos em 42,9% dos casos relatados. Os enfermeiros descreveram que mulheres com endometriose podem apresentar em maior quantidade sintomas como infertilidade e dismenorreia. As políticas de saúde voltadas ao cuidado com a mulher não incluem a endometriose, pelo alto índice de pacientes acometidas com a patologia, um protocolo de diretrizes terapêuticas foi criado, podendo auxiliar no diagnóstico e tratamento.