Em 2000, o Ministério da Saúde lança o Programa de Humanização no Pré-natal e Nascimento (PHPN), com o objetivo de acolher a mulher desde o início da gravidez, assegurando a garantia do bem-estar materno e neonatal. Nesse sentido, o estudo apresenta como objetivo descrever a experiência do monitoramento do Sistema de Informação do Pré-Natal (SISPRENATAL). Trata-se de um relato de experiência sobre as ações desenvolvidas pela coordenação do programa saúde da mulher do município de Crato, CE. A partir da análise do SISPRENATAL, foi realizado um diagnóstico situacional referente ao acompanhamento das gestantes que culminou na capacitação para os profissionais de saúde da atenção básica e da média complexidade, considerando o preenchimento das fichas e o seguimento de critérios que regem o sistema. Para o processo de trabalho foi pactuado o envio semanal das fichas, reuniões mensais com as enfermeiras da Estratégia Saúde da Família (ESF) e do Centro Microrregional de Excelência à Assistência Reprodutiva (CEMEAR), de forma a minimizar as possíveis dificuldades. Foi criado um portfólio para cada ESF para o monitoramento mensal da saúde da mulher, em especial à gestante. Por meio da análise do sistema pôde-se observar um aumento no número de gestantes captadas até 12 semanas, em 2014 o percentual foi de 69,76% e em 2015 este número elevou-se para 75,92%. O número de gestantes acompanhadas com exames laboratoriais e de imagem até 20 semanas de gestação passaram a ser visualizados em relatórios em 2015. Porém, os relatórios apontam apenas o consolidado numérico, dificultando o acompanhamento por esta ferramenta. Assim, o portfólio foi um instrumento efetivo com informações gerenciais associado aos demais sistemas – Sistema de Informação sobre Nascidos Vivos (SINASC), Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e o Sistema Tabwin do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS), desenvolvendo ações estratégicas para a melhoria da qualidade da assistência. A análise das informações fornecem evidências para a definição de prioridades, proporcionando a identificação de interfaces para o planejamento intersetorial, monitoramento das atividades e avaliação dos resultados. Porém, com a experiência foi possível constatar que os dados disponíveis em bases nacionais e nos sistemas de informação apresentam importantes limitações de ordem prática, sendo necessário um alinhamento e comunicação entre os sistemas disponíveis.