Anais - 19º CBCENF
Resumo
Título:
ATIVIDADE ENZIMÁTICA DE C. ALBICANS ISOLADAS DA MUCOSA ORAL DE PACIENTES HIV-POSITIVO
Relatoria:
JANAINA SOUSA DE LIMA
Autores:
- Camila Aoyama Vieira
- Wérika Weryanne Roza de Souza
- Débora Aparecida da Silva Santos
- Letícia Silveira Goulart
Modalidade:
Pôster
Área:
Inovação, Tecnologia e Cuidado
Tipo:
Pesquisa
Resumo:
A candidíase oral é um dos primeiros sinais clínicos de infecção pelo HIV, e acomete 50 a 95% dos pacientes durante a progressão da AIDS. Candida albicans como o principal causador apresenta vários atributos de virulência que contribuem para sua patogenicidade, destacando-se as enzimas hidrolíticas proteinase e fosfolipase, que levam ao dano tecidual no hospedeiro, além disso, as proteinases degradam mucina e imunoglobulina A na mucosa oral, alterando os mecanismos de defesa do hospedeiro. O objetivo do presente estudo foi avaliar a frequência e a produção de proteinase e fosfolipase em isolados orais de C. albicans. Foram analisadas 25 amostras de C. albicans isoladas da mucosa oral de pacientes HIV/AIDS acompanhados em um Serviço de Saúde Especializado do Município de Rondonópolis, MT. Foram coletados swabs orais, que foram semeados em ágar Saboraud Dextrose acrescido de cloranfenicol e incubados a 37°C por 48h. As espécies das leveduras foram identificadas em meio cromogênico CHROMagar Candida. Para determinar a atividade de proteinase e fosfolipase, foram aplicados 10 µL de inóculo em pontos equidistantes de placas de Petri contendo ágar a base de albumina bovina e ágar gema de ovo, respectivamente. As placas foram incubadas a 35 ºC por 5 dias. A atividade de fosfolipase foi identificada pela formação de uma zona opaca em torno da colônia e a atividade de proteinase pela formação de um halo claro. Todas as amostras estudadas foram produtoras da enzima fosfolipase, sendo que 68% (17/25) apresentaram forte atividade e 32% (8/25) moderada atividade. Os ensaios de proteinase revelaram que 76% das linhagens orais de C. albicans foram produtoras desta enzima, caracterizadas por atividade moderada. Nenhum isolado foi fortemente produtor de proteinase. A partir destes resultados, foi possível caracterizar o poder de virulência de C. albicans, evidenciando que a maioria dos isolados orais estudados apresentam atividade enzimática, e que provavelmente, as enzimas fosfolipase e proteinase devem estar envolvidas na patogenicidade da candidíase oral. Estudos de fatores de virulência podem contribuir para uma melhor compreensão da patogenicidade desta infecção.